Já em clima de Natal e com a expectativa de que a pauta da reforma agrária avance nesses novos mandatos dos governos estadual e federal, no primeiro semestre de 2015, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) conferiu de perto a assinatura de escritura pública que permite o Incra avançar na criação de assentamentos no extremo sul da Bahia. As fazendas Colatina AB e Cotia, situadas no município de Prado, serão em breve assentamentos de famílias de trabalhadores rurais. O parlamentar petista acredita que o ano de 2014 foi de baixa para a reforma agrária, mas que a Bahia conseguiu avançar em políticas públicas e ações transversais do governo, como reformas de estradas, aquisição de maquinário agrícola e auxílio no acesso aos programas sociais e de crédito. “Estive na Procuradoria Geral do Estado [PGE], em Salvador, na última segunda [22] e acompanhei a assinatura da escritura pública da fazenda Colatina, que agora definitivamente passa a ser um assentamento do Incra – mais uma vitória do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]”, aponta Assunção.
A fazenda Colatina, em Prado tem capacidade para assentar 272 famílias de trabalhadores rurais, nos 3,9 mil hectares de terra adquiridos. O processo de compra do imóvel foi conduzido de acordo ao Decreto 433/92, considerando que a venda da propriedade foi ofertada pela Fibria Celulose. O Incra investiu R$ 22,8 milhões na compra. “É um avanço, sem sombra de dúvida, mas precisamos abrir mais essa pauta da reforma agrária para a sociedade entender que todo trabalhador tem direito a terra. As ações do governador Jaques Wagner, que se destacou tanto, ao ponto da presidenta Dilma o nomear titular do Ministério da Defesa, serão ampliadas no governo de Rui Costa, que já montou sua tropa de choque para essa finalidade”, completa o deputado petista. Valmir ainda diz que a atuação de Wagner no Ministério da Defesa terá o mesmo perfil dos oito anos dele à frente do governo da Bahia.
Sobre Colatina
A área da fazenda Colatina já conta com o apoio da equipe especializada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) que atuam na região desde 2011, contratadas por empresas de celulose. Agora as famílias utilizarão um modelo voltado para priorização de atividades agrícolas nos moldes dos sistemas agroflorestais e da agroecologia. Durante a assinatura da Escritura Pública, na sede da PGE, em Salvador estiveram o superintendente regional do Incra-BA, Gugé Fernandes, a chefe da Procuradoria Regional Federal Especializada, Vera Lúcia Torres, os procuradores da empresa Fibria, João Iigima e Fausto Rodrigues Alves, o secretário de Administração do Governo Estadual, Edeuvino da Silva Góes e o procurador-geral, Rui Moraes Cruz.