A secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Olívia Santana, ficou indignada com as notícias veiculadas, quanto aos critérios supostamente utilizados pela Mega Polo Models, para atender a um processo de seleção de mulheres que desejam trabalhar no Carnaval da Bahia, em um camarote, produzido pela empresa 2GB, sendo a Ambev responsável pelo espaço. Em ofício já encaminhado ao Procurador-geral do Ministério Público da Bahia, Márcio José Fahel, a gestora solicita providências do órgão na investigação do suposto processo seletivo de mulheres para trabalharem no camarote, durante o Carnaval da Bahia.
Com relação ao pronunciamento das empresas, que negam a autoria da contratação, a secretária Olívia Santana destaca que é fundamental que o Ministério Público (MP) investigue o espaço virtual, através do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (NUCCIBER) do MP, conduzido pelo Procurador Fabrício Rabelo Paturi, para que se descubram os reais culpados e que eles sejam punidos, pois tal prática revela uma incitação à prostituição, já que o anúncio define valores a partir dos atributos corporais, pedindo fotografias de biquínis, lingerie e até nuas, que teriam acesso às festas privadas e seriam acompanhantes de luxo.
“A SPM já está se preparando para fazer a campanha de violência contra a mulher, durante o carnaval 2015, e está atenta a outros tipos de violência, além da física, como a simbólica e a exploração sexual. Entendemos que a prostituição não é crime, mas a incitação da prostituição é”, finalizou a secretária.