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Deputado critica organização da Lavagem do Bonfim que resultou na saída dos blocos afros

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Valmir Assunção é parlamentar federal do PT | FOTO: Ascom |

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) criticou a postura dos organizadores da Lavagem do Bonfim, que acontece nesta quinta-feira (15), em Salvador. De acordo com Valmir, uma regulamentação da Prefeitura de Salvador proíbe mini-trios no cortejo ao Senhor do Bonfim. Estão proibidos também balões de propagada (blimps) e faixas de protestos. Valmir disse ainda que é lamentável a forma como a prefeitura vem tratando a cultura na capital, sem ouvir os blocos afros e sem acatar sugestões que podem melhorar ainda mais a festa.

“Antes de fazer decretos deveriam se preocupar em ouvir quem realmente faz o evento. É uma medida autoritária que fez com que blocos como o Ilê Aiyê e membros da União das Entidades do Samba da Bahia [UneSamba] decidissem pela não participação dos grupos nas homenagens. Apenas o Muzenza continua no cortejo, mas mesmo assim descontente com a situação gerado pelo decreto da prefeitura de Salvador. As medidas que a prefeitura vem tomando são de destruição aos valores culturais da cidade e só produzem serviços para beneficiar os monopólios da indústria do entretenimento”, aponta o parlamentar petista.

Os representantes dos blocos afros não concordam com a medida e rechaçam a possibilidade de utilizarem uma Kombi ao invés de mini-trio. A organização do cortejo afro trabalhou para um processo e foi tomada de surpresa pelo decreto da prefeitura. O ato interreligioso acontece às 8h, com a concentração na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Em seguida acontece a caminhada de mais de oito quilômetros até a Colina Sagrada, no bairro do Bonfim.

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