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“Museus são centros culturais para se dialogar com a sociedade”, diz diretor do IPAC

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Diretor visita o Museu de Arte Moderna, em Salvador | FOTO: Gess Alencar |

Os museus administrados pelo Estado, como Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, o Museu de Arte Moderna (MAM), na Avenida Contorno, o Palacete das Artes, no bairro da Graça, e o Palácio da Aclamação, no Campo Grande, em Salvador, deverão diversificar cada vez mais as suas atividades e incrementar diálogo com artistas e a sociedade local.

Esse é um caráter que o novo diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos, deseja implementar nos equipamentos sob comando dessa autarquia da Secretaria de Cultura (SecultBA), em Salvador e no interior do Estado. Para tanto, nos últimos 30 dias, acompanhado de arquitetos e museólogos, ele tem empreendido visitas técnicas aos museus do Instituto distribuídos no Corredor da Vitória, Graça, Campo Grande, Avenida Contorno, no Centro Histórico de Salvador, e nos municípios de Candeias, Cabaceiras do Paraguaçu e Santo Amaro.

“Nas últimas décadas existe entendimento internacional de especialistas em museologia de que Museu não é apenas local expositivo mas, também, de dinamização de acervo, ações educativas permanentes, ocupação artística de espaços contíguos, promoção de cursos, palestras, seminários, diálogo com as mais diversas linguagens artísticas e tecnológicas e, principalmente, com a sociedade local”, diz João Carlos.

MUSEOLOGIA BAIANA
Conexões com museólogos baianos já estão sendo feitas. Presente na aula inaugural dos cursos de Graduação e Pós-Graduação de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ocorrida na última terça-feira (10) no Museu de Arte Sacra, o diretor do IPAC solicitou apoio e parcerias com professores, pesquisadores e alunos da área. No evento João Carlos esteve acompanhado por assessores e pela Diretora de Museus (Dimus) do IPAC, a museóloga Ana Liberato.

Palacete das artes também recebeu a visita do diretor do Ipac | FOTO: Geraldo Moniz |

“No Centro Histórico dispomos de mais dois museus – Tempostal e Udo Knoff – e o maior casarão do Pelourinho que é o Centro Solar Ferrão com a Praça das Artes”, cita João Carlos. Além de espaços à céu aberto, o Solar Ferrão tem exposições permanentes de coleções de Arte Sacra, Arte Africana, Arte Popular do Nordeste, além das coleções Emília Biancardi e Walter Smetak, ambas de instrumentos musicais.

INVESTIMENTOS
Na última quarta-feira (11), a assessora especial do gabinete do secretário de Cultura Jorge Portugal, Dulce Ferrero, realizou novas visitas com o diretor do IPAC no MAM, MAB e Palacete. “Esses espaços são especiais, necessitam de investimentos e novos empreendimentos, para os quais a SecultBA já está prospectando canais e vias com instâncias locais e nacionais”, comenta Dulce. Os museus do IPAC poderão abrigar até salas de cinema de arte. No MAM, por exemplo, a sala já está com estrutura reformada, faltando finalizações da obra e equipamentos cinematográficos.

Amanhã (14), dia do aniversário de nascimento de Castro Alves (1847-1871), acompanhado de museólogos e assessores, o diretor João Carlos estará no Parque Histórico Castro Alves, antiga fazenda onde o poeta nasceu, em Cabaceiras do Paraguaçu, igualmente administrada pelo IPAC. No evento será aberta a exposição ‘Navio Negreiros Drama em Gravuras’ da Fundação Hansen Bahia e realizado o ’14º Festival de Declamação de Poemas de Castro Alves’ que reúne anualmente centenas de pessoas de cinco municípios.

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