O cerrado da Bahia, localizado na região oeste, tem potencial agrícola promissor e forma com os estados do Maranhão, Tocantins e Piauí a chamada Matopiba, uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo, conforme o Ministério da Agricultura. Para discutir o fortalecimento desse território, a ministra Kátia Abreu realizou, nesta segunda-feira (16), em Brasília, uma reunião com representantes dos estados, das federações da indústria e da agricultura.
A ideia do governo federal é criar uma agência específica para estudar e promover o desenvolvimento da região. Na avaliação do secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera, essa agência precisa ter a participação efetiva dos estados e da iniciativa privada. Para ele, só assim, com tomadas de decisão em conjunto, o território Matopiba será potencializado.
Para o governo baiano, a agência a ser implantada deve pensar o desenvolvimento da região como um todo, não sendo reduzida à agricultura. “O pilar central será a agricultura, mas entendemos que é preciso abranger as questões sociais, infraestrutura, pensando na concepção de desenvolvimento da região como um todo”, disse Câmera. Os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães estão inseridas no território e fazem parte das 337 cidades envolvidas, que ficam nos quatro estados.
A ministra se comprometeu a visitar cada um dos estados para aprofundar o debate. “Vamos dar atenção especial a esta região. Estamos diante da última fronteira agrícola do mundo”. Para ela, os baianos que nasceram nos municípios do território devem protagonizar o sucesso do Matopiba e não ficar à margem. O propósito é o fortalecimento regional com educação, logística, tecnologia e ciência.