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Bahia: Alfabetizados pelo Topa dão continuidade aos estudos

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Alunos do TOPA durante aula em Simões Filho | FOTO: Ronaldo Silva/AGECOM |

Jovens, adultos e idosos alfabetizados pelo Programa Todos pela Alfabetização (Topa) dão continuidade aos estudos despertados pela aprendizagem durante a iniciativa. É o caso de Genivaldo Araújo Romão, 40 anos, que concluiu o programa há três anos e hoje cursa o ensino fundamental na Escola Leovícia Andrade, em Salvador. Com a alfabetização no Topa, Genivaldo conseguiu fazer um curso de vigilante e segurança. Hoje ele divide seu dia entre o exercício da profissão e os estudos. “A pessoa sem estudo não vive, pois há muitas dificuldades pela frente. Estudar é como um livro que, de tão bom, dá vontade de ler mais”, diz ele, que tem o sonho de concluir os estudos e estudar Medicina Veterinária.

No município de Belo Campo, a 616 quilômetros de Salvador, 11 alfabetizados decidiram cursar a Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Roberto Santos, incentivados pela professora Sandra Matos de Amorim. Ela convidou seus ex-alunos do Topa para continuarem os estudos, e o resultado foi a matrícula de todos. “Este fato me dá ainda mais prazer em estar na sala de aula”, afirma a professora.

Para a coordenadora pedagógica do Topa, Maria Célia Coelho, histórias como estas justificam o programa, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que já beneficiou 1,3 milhão de pessoas em todo o estado, desde 2007. “Temos percebido que há um desejo latente, principalmente entre as pessoas com mais idade, em chegar a um patamar mais alto. É muito importante que esses alfabetizandos ingressem no programa e tenham oportunidade de continuar seus estudos”.

Pesquisa
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada em setembro de 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram a eficácia do Topa. A Bahia foi o estado do Nordeste que mais reduziu a taxa de analfabetismo em 2013. Segundo a pesquisa, o estado registrou a taxa de 14,9% entre pessoas com 15 anos ou mais, superando a média da região Nordeste, que ficou em 16,9%. Nessa faixa etária, a Pnad também revela que a Bahia foi o terceiro estado no país que mais reduziu a taxa de analfabetismo.

Em comparação a 2007, quando a Bahia registrava a taxa de analfabetismo de 18,3% entre pessoas com 15 anos ou mais, a redução foi de 3,4%. Entre os jovens de 15 a 24 anos, a Pnad aponta que a taxa de analfabetismo no estado caiu de 3,5%, em 2007, para 1,9%, em 2013. Entre pessoas com 40 anos ou mais, o índíce reduziu de 33,4%, em 2007, para 26,3% em 2013.

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