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Aécio Neves recebia mensalão de 120 mil dólares, diz doleiro Youssef

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O senador Aécio Neves | FOTO: Reprodução/Agência Brasil |

O doleiro Alberto Youssef revelou detalhes sobre suposto recebimento de propina pelo senador Aécio Neves (PSDB), em depoimento de delação premiada. Em vídeo divulgado no dia 17 de março Supremo Tribunal Federal (STF), publicado no site do jornal O Globo, o doleiro afirma ter ouvido do ex-deputado federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que o tucano dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que uma irmã dele faria uma suposta arrecadação de recursos junto à empresa citada. A parte do depoimento divulgada contém declarações prestadas no dia 12 de fevereiro deste ano para um grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, em Curitiba (PR). As citações sobre o envolvimento de Aécio no caso de Furnas foi arquivada pelo STF à pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Em depoimento, Youssef afirmou ter auxiliado Janene e transportado para ele, algumas vezes, propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas. Isso teria ocorrido entre 1996 e 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso. Janene arrecadava entre US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, com pagamentos em espécie, em dólares ou reais. O doleiro disse então ter ouvido o ex-deputado afirmar a correligionários do PP que a diretoria de Furnas seria dividida com o PSDB, mais especificamente com Aécio Neves. “Ele conversando com outro colega de partido, então naturalmente saia essa questão que na verdade o PP não tinha a diretoria só, e sim dividia com o PSDB, no caso a cargo do então deputado Aécio Neves”, declarou Youssef.

O doleiro afirmou ter ouvido algumas vezes que caberia a uma irmã de Aécio fazer a arrecadação de recursos na Bauruense. Em relação ao empresário, o argumento era usado para justificar o motivo de não poder repassar mais recursos a Janene. “Ele (Daré) estava discutindo valores com o seu José (Janene) e dizia: não posso pagar mais porque tem a parte do PSDB. Aí você acaba escutando”, afirmou o doleiro.

Numa segunda conversa, depois de conversar com o chefe de gabinete do presidente da Petrobras — que teria sinalizado no sentido de que era preciso evitar a CPI — o delator conta:

Confira vídeo do doleiro:

Extraído do Brasília em Pauta.

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