Os Grupos de Trabalho (GTs) ‘Sociedade Civil’ e ‘Educação’, da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, se reuniram na terça-feira (19) para discutir o Projeto Universidade para Todos, da Secretaria da Educação (SEC), na perspectiva do atendimento à população negra. Juci Silva, do Instituto Cultural Steve Biko, aproveitou a oportunidade para sugerir a inclusão de conteúdos relacionados a gênero e raça, além do resgate da autoestima, a fim de que os estudantes se enxerguem na universidade. Na ocasião, também foi destacado o acesso de comunidades quilombolas à iniciativa.
Para o coordenador do GT ‘Educação’, professor Basilon Carvalho, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), onde o encontro foi realizado, a parceria com a SEC “contribuirá, efetivamente, para a implementação da Lei Federal 10.639/2003”. A resolução tornou obrigatória a inserção de temas ligados à cultura afro-brasileira nas propostas pedagógicas da rede de ensino. Já o superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Eliezer Silva, ressaltou a importância da discussão para o aperfeiçoamento do projeto em cumprimento ao Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa.
Também estiveram presentes a coordenadora do Universidade Para Todos, Patrícia Machado, que fez uma apresentação da iniciativa, e da coordenadora de diversidade da SEC, Érica Capinan, assim como integrantes do grupo de trabalho da sociedade civil.
O projeto
Com mais de dez anos de atuação, o Universidade Para Todos é voltado para estudantes do 3º ano do ensino médio da rede pública estadual de ensino e já está presente em 187 localidades, oferecendo curso preparatório para o vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).