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Financiamento empresarial de campanha é abrir a porteira da corrupção, diz Valmir

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O parlamentar considera nociva a ideia de empresas seguirem bancando as campanhas de políticos em período eleitoral | FOTO: Mayrá Lima |

Os debates sobre o projeto de reforma política, pautado na Câmara Federal, seguem dividindo opiniões e mobilizando bancadas para reforçar pontos considerados fundamentais para o prosseguimento da pauta no Congresso Nacional. Previsto para ser votada já nesta terça-feira (26), a PEC 352, que trata da reforma política e já está sendo chamada de PEC da Corrupção, possui pontos extremamente criticados pelo deputado Valmir Assunção (PT-BA).

O parlamentar considera nociva a ideia de empresas seguirem bancando as campanhas de políticos em período eleitoral. “O financiamento empresarial de campanha abre caminho para a corrupção. Afinal, empresas não têm direito ao voto e os parlamentares não podem ficar reféns do poder econômico para legislar sobre a vida de milhares de pessoas”, diz Assunção.

Ainda segundo o petista, a proposta de votação pelo chamado “Distritão” também é uma aberração política. “Qualquer variável que dilua o momento da votação por distritos também é abrir para que somente as famílias mais ricas de cada região sejam candidatas e eleitas. Se pensamos no futuro do Brasil, temos que pensar isso de forma programática, em termos de projeto de país”, completa.

Para Valmir, a reforma política tem que avançar sobre a representação de mulheres na Câmara e firmar a participação popular nos espaços decisórios. “Temos que impedir que a lei do ‘quem tem mais dinheiro’ alcance os espaços de representação do Estado. Jovens, trabalhadores, mulheres, indígenas, negros têm que ter a condição igual de concorrer às eleições e estabelecer suas representações”, afirma Valmir, que defende uma Constituinte Exclusiva para debater com a população a reforma do sistema político do país.

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