Glaucoma, dor, náusea, perda de apetite, epilepsia e esclerose múltipla: a lista de doenças para as quais a maconha medicinal tem sido apontada como promissora no tratamento pode aumentar em pouco tempo, segundo novos estudos, apesar de que ainda hoje não haja um ensaio clínico forte nos Estados Unidos. As informações são do IFL Science. Os estudos realizados em culturas celulares e em animais mostram que os benefícios terapêuticos da droga podem ser realmente prósperos para um tipo de câncer cerebral chamado “glioma”.
Os pesquisadores descobriram que o THC, o principal ingrediente psicoativo da erva, e o canabidiol, um extrato da maconha, foram responsáveis por “reduções drásticas” no crescimento de gliomas em ratos. Por isso, uma plataforma de crowfunding chamado Walacea tem juntado recursos para a pesquisa em imagens de cérebros humanos, uma campanha que pode ser um sucesso. “Doações para a pesquisa da maconha medicinal é essencial para o entendimento do potencial dos canabinóides para tratar uma variedade de condições”, afirmou o horticultor e advogado para o uso medicinal da maconha, Jorge Cervantes.
A pergunta é: se esses canabinóides [compostos biológicos ativos encontrados na planta da maconha] prometem tanto, porque o dinheiro público é necessário para a pesquisa? Isso acontece porque a maconha, assim como a heroína e o LSD, são classificados como drogas de nível 1, ou seja, entorpecentes ilegais, o que significa que não exista qualquer uso de tratamento médico aceito ou, se houver, há uma margem de segurança requerida para sua utilização, apesar do fato de que foi legalizada para uso medicinal ou individual em alguns estados americanos. Por causa disso, os controles decorrentes no uso de medicamentos fazem da pesquisa científica praticamente impossível. Extraído do Portal Terra.