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Caso Cabula: Inquérito conclui que policiais militares agiram em legítima defesa

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O inquérito tem 11 volumes e 2512 páginas | FOTO: Secom |

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentou, na tarde desta sexta-feira (3), o resultado do inquérito policial referente à ação da Polícia Militar na comunidade de Vila Moisés, no bairro do Cabula, em Salvador, no dia 6 de fevereiro. Na operação, 12 suspeitos de envolvimento com organizações criminosas foram mortos e cinco ficaram feridos.

O inquérito concluiu que os nove policiais militares envolvidos agiram em legítima defesa. Durante os quatro meses de investigação, 59 laudos periciais foram analisados e mais de 80 pessoas foram ouvidas, inclusive os próprios policiais e os moradores da localidade. Também fez parte do inquérito a reconstituição da operação no local.

De acordo com o documento de 2512 páginas, os laudos cadavéricos não atestaram lesões típicas de disparo a curta distância – o que, segundo a SSP, não caracteriza lesões típicas de execução. Outro aspecto que reforça a conclusão de que não houve execução é a ação de socorro realizada pelos policiais militares aos feridos, que foram conduzidos ao Hospital Roberto Santos, a unidade de saúde mais próxima do local.

“Nós batemos sempre na tecla de que a reprodução simulada era fundamental para que nós pudéssemos confrontar as versões das pessoas envolvidas e dos laudos técnicos. Adquirimos provas muito convincentes, até porque não dá para imaginar uma execução em que quatro pessoas são socorridas com vida para um hospital. As próprias pessoas que foram socorridas afirmam que o socorro não foi demorado. Na nossa visão, não há dúvida: as provas condizem com legítima defesa”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.

A perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) constatou ainda que 16% da munição dos policiais foram utilizadas, o que representa 143 disparos de 870 munições disponíveis. Também ficou comprovado que foram efetuados 57 tiros das armas apreendidas em poder dos suspeitos. Ao final das investigações, não foi identificada nenhuma atitude abusiva por parte da PM.

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