O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, voltou a defender a unidade entre os partidos da base do governador Rui Costa. O comentário, em especial, se refere aos planos do PCdoB de lançar candidatos em importantes cidades do interior do Estado. Em entrevista à Tribuna da Bahia, o presidente do diretório estadual comunista, Daniel Almeida, defendeu a legitimidade e independência da sigla. Alvos de um longo debate sobre candidaturas que põem barreiras na aliança histórica das duas siglas, os líderes defendem a unidade nas próximas eleições municipais, mas não abrem mão de encabeçarem suas chapas.
Para Everaldo, é preciso união para evitar o que ele chama de retrocesso. A ideia do líder petista é não permitir que os oposicionistas se fortaleçam em uma possível divisão. “Estamos defendendo uma estratégia onde haja um consenso para evitar um retrocesso com a eleição da oposição. Onde tiver disputa com eles, queremos unidade e vamos ter que fazer um esforço para essa unidade. Deixamos a flexibilidade em cidades onde poderá haver segundo turno”, disse.
Questionado se os intensos ataques que o PT tem recebido por diversos setores poderiam enfraquecer a popularidade do partido em 2016, Everaldo minimizou, argumentando que as eleições são como uma arena de defesa para os petistas. “Nesse momento, o PT vem sofrendo ataques diários na mídia e nas redes sociais. O mesmo aconteceu em 2005, no entanto reelegemos Lula e elegemos Wagner em 2006. O mesmo aconteceu em 2010 e em 2014, quando elegemos e reelegemos a presidente Dilma e os governadores Wagner e Rui Costa. Mesmo diante de todos os ataques, mantemos regularidade no Congresso”, argumentou.
“As eleições para o PT funcionam como um espaço para a nossa defesa, e tem dado certo. Esses ataques não atingem as pessoas que veem materializado o nosso legado no Brasil e na Bahia. Esses ataques, na verdade, não contra nós, partem de pessoas que são contrárias às nossas políticas públicas de inclusão e igualdade. O povo não pode se iludir”. A líder do PCdoB na Câmara Municipal de Salvador, vereadora Aladilce Souza, defendeu a posição de protagonismo do partido e disse que a sigla tem um projeto voltado para Salvador.
“O partido fez uma conferência onde decidimos lançar candidaturas para as eleições municipais em Salvador e em quase 100 cidades do interior. Somos um partido forte na política soteropolitana, presente na Câmara de Vereadores desde 1982 e temos que fazer valer a nossa legitimidade”, comentou. “A cidade precisa de um projeto que enfrente os seus principais e mais esquecidos problemas, como reduzir índices de mortalidade materna, aumentar o nível de atenção básica de saúde, melhorar os números do IDEB, criar projetos estruturantes de habitação e prevenção de encostas, coisas que a atual gestão não faz. Até aqui a prefeitura não apresentou nenhum projeto estruturante. O PCdoB tem legitimidade de alianças que pensam e caminham para o mesmo projeto de cidade”, pontuou. As informações foram extraídas da Tribuna da Bahia.