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Chuvas batem recorde na Bahia e fazem a festa de cidades interioranas

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Ponte de João Amaro sobre o Rio Paraguaçu | FOTO: Marcondes Brito |

O mês chuvoso que está sendo este janeiro chegou para mudar um cenário de desolação em vários municípios baianos. De acordo com dados da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), a Chapada Diamantina superou todas as outras regiões. A média histórica do mês de janeiro é de 105,5 milímetros, no entanto em apenas 21 dias já tinha chovido mais de 313 milímetros. A Chapada só perdeu para a região oeste do estado que já acumulou 361,5 milímetros até o momento.

Cachoeira da Fumaça – vídeo de Luana Harf Guia

Até dezembro do ano passado 251 cidades da Bahia tinham decretado estado de emergência por conta da estiagem. Até o mês julho de 2015 o Governo Federal reconheceu 297 situações de emergência na região Nordeste, à esta época apenas 106 dos 417 municípios da Bahia entravam nessa lista. Hoje muitos desses municípios estão com medos das antigas barragens e açudes se romperem, dos rios elevarem demais seus níveis ou de alagamentos nas áreas urbanas dos municípios.

Trecho do Rio Paraguaçu, em Andaraí – vídeo de João Lúcio Passos Carneiro:

Nesse período do fim de 2015 a Chapada Diamantina entrou em chamas, perdeu milhares de hectares de mata nativa, além da morte de animais silvestres e viu mais uma vez os combatentes saírem de suas casas para passar noites à fio apagando fogo. E foi graças a essa chuva de janeiro que hoje não há nenhum risco de incêndio em toda a região da Chapada.

O leito do Rio São Francisco subiu consideravelmente | FOTO: Reprodução/Blog do Geraldo José |

Outras regiões
Obviamente, com essa quantidade de mais da metade dos municípios baianos enfrentando estiagens severas, não só a Chapada Diamantina está em festa com a chuva que tem caído. Na região do São Francisco muitas cidades estavam sofrendo com a seca intensa. A vazão da barragem de Sobradinho, por exemplo, já tinha sido diminuída e havia grande chance de racionamento de água. Agricultores deixaram de plantar por não terem condições de bombear a água do reservatório que a cada dia ficava muitos centímetros distante.

Cachoeira do Ferro Doido – vídeo de Francisco Oliveira:

Agora, apesar de toda a alegria, as cidades ribeirinhas passam por problemas estruturais com a chegada da chuva. O índice pluviométrico (que mede a quantidade de chuva) histórico para janeiro era de 146 milímetros e até o momento está em 346 milímetros. Em cidades como Juazeiro, diversas ruas, em várias localidades ficaram alagadas. Em Jaguarari, cidade vizinha ao norte do estado, os moradores ficaram ilhados em distritos e na própria sede. Independente desses problemas toda a população está recebendo a chuva com bons olhos. Com dados do G1 BA.

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