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Salvador: Ipac confirma parceria com ‘catadores’ para 2017 no Pelourinho

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Durante os festejos do carnaval, o Ipac cedeu ao CCRB um estacionamento localizado entre a Ladeira da Praça e a Rua 28 de Setembro | FOTO: Reprodução |

O Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia (CCRB) que congrega cerca de 1.000 ‘catadores’ de garrafas pet, latinhas, papéis e embalagens plásticas durante grandes eventos em Salvador fará nova parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) em 2017. O anúncio foi feito na terça (1), pelo diretor geral do órgão estadual, João Carlos de Oliveira. “Queremos ampliar esta parceria para 2017; o Ipac detém mais de 200 imóveis e suas ocupações atendem estratégias urbanístico-arquitetônicas e de fomento à economia mas, também, de reforço às ações sociais no Centro Histórico de Salvador (CHS), por isso apoiamos o CCRB”, explica João Carlos. O Ipac é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

Em fevereiro (2016), durante os festejos do carnaval, o Ipac cedeu ao CCRB um estacionamento localizado entre a Ladeira da Praça e a Rua 28 de Setembro, próximo à Rua Chile e Praça Municipal, para instalar uma Central de Apoio ao Catador. “Foi a primeira vez que conseguimos espaço de um órgão público para criar uma central no Pelourinho”, afirma a presidente do CCRB, Michele Almeida. Segundo ela, a CCRB fomenta a economia solidária e o trabalho em rede. Para 2017, a cooperativa quer ampliar ainda mais o número de centrais e angariar mais catadores.

Política de Patrimônio
“O ponto do Ipac foi estratégico por ser reservado, seguro e de fácil acesso”, diz Michele. O local atendeu ainda a 12ª ‘Eco Folia Solidária’ que beneficiou ‘catadores’. Eles receberam equipamentos, alimentação, protetores auriculares e fardamento. “Graças a esta organização e, talvez, o aumento de público, coletamos nas centrais 70 toneladas, 15 toneladas a mais do que no ano passado”, relata Michele.

O diretor do Ipac destaca que ações sociais também precisam estar nas políticas de preservação do patrimônio. “Garantimos um bairro pleno de moradores e comerciantes, mas também com ações de economia, tecnologia e iniciativas sócio ambientais como esta”, afirma João Carlos. Para ele, as políticas públicas, além da habitação, acessibilidade, comércio e dinamização cultural, devem manter atividades sociais e de economia solidária nos centros históricos.

O parque imobiliário do Ipac tem 226 imóveis na zona tombada do CHS e corresponde a cerca de 2% do total na região. O restante de 98% dos imóveis é de propriedade da Prefeitura de Salvador, do governo estadual, de privados e de irmandades da Igreja Católica. O material coletado e acondicionado pelo CCRB na área do Ipac foi recolhido por caminhões e enviado para indústrias de reciclagem.

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