O Dia Internacional da Mulher é marcado por depoimentos sobre os avanços e conquistas do público feminino no país. Nesta terça-feira (8), o vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT), por exemplo, salientou pontos importantes que avançaram e outros que continuam estagnados aguardando políticas públicas para equilibrar as questões, como é o caso da equidade salarial e da violência doméstica, que registram índices preocupantes. “Dados divulgados por uma organização especializada no assunto aponta que cinco mulheres morrem no mundo por hora vítimas de violência doméstica. Isso é um caso grave e que ainda merece empenho dos governos para solucionar. Em sua maioria são mulheres negras e que lutam para se libertar da dominação masculina”, diz Suíca.
Na Câmara da capital tramita o projeto do vereador que pede o estudo técnico para a construção de casas-abrigo. A intenção é receber mulheres e seus filhos em situação de violência doméstica e familiar. Para o edil petista, outro caso que precisa de atenção do poder público é a equidade salarial entre homens e mulheres. Atualmente 51,4% da população brasileira é feminina e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que apesar de estudarem mais que os homens, elas encontram mais obstáculos na vida profissional. “Na questão de emprego, as mulheres têm um percentual maior, ocupando cargos ou procurando emprego. São cerca de 50% das mulheres contra uma taxa de 80% para os homens”. Suíca ainda lembra do estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde aponta o salário médio de uma trabalhadora com educação superior na representação de 62% em relação ao de um homem com a mesma escolaridade.
Informações divulgadas pelo Ipea nesta terça expõem que a renda média dos homens brasileiros, em 2014, chegava a R$ 1.831,30. As mulheres brancas têm a renda média correspondente a 70,4% do salário dos homens, R$ 1.288,50. Mas entre as mulheres negras, a média salarial é ainda mais baixa, de R$ 945,90. “Uma diferença absurda e que fundamenta o que falamos cotidianamente: não há igualdade entre homens e mulheres. E essa diferença se acentua quando comparamos mulheres brancas com as negras. O país ainda preciso de avanços. Em Salvador apresentamos um projeto que pede cota de 50% para mulheres nas empresas de vigilância. Essa é apenas uma das ações”, completa o vereador Suíca.