A Bahia está preparando sua sétima Parceria Público Privada (PPP), desta vez com o Reino Unido e na área de tecnologia, para levar banda larga a todo o estado. O assunto foi discutido no seminário Banda Larga e Inovações Tecnológicas Aplicadas ao Serviço Público: Experiências Britânica e Brasileira, que reuniu nesta terça-feira (22), no auditório da Agência de Fomento do Estado (Desenbahia), em Salvador, especialistas do Brasil e do Reino Unido. Fundador da Open Data Camp (odcamp.org.uk), comunidade de dados abertos que reúne a maioria dos governos locais do Reino Unido, Mark Braggins foi um dos debatedores do seminário. “O segmento ainda tem muito o que desenvolver no Brasil e na Bahia, e, assim, é uma oportunidade para a transferência de tecnologia e também para os investidores da nossa região”.
Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), Roberto de Pinho, a Bahia teve um projeto contemplado pelo fundo de cooperação do governo britânico, Prosperity Fund, para aprofundar os estudos dessa Parceria Público Privada. “A PPP de banda larga tem dois objetivos. Um, é o acesso de banda larga para os pontos de interesse do Estado, como unidades de saúde, escola, postos da segurança pública. O outro é levar banda larga para toda a população por preços razoáveis. A PPP é uma ferramenta moderna de gestão, com a qual a Bahia tem casos de sucesso, como o Hospital do Subúrbio”.
Pinho disse ainda que há um projeto para que o Neojibá [Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia] possa desenvolver seus trabalhos pela internet. “A característica transformadora da banda larga para a economia e a vida do cidadão é a principal motivação que a gente tem. É possível fazer mais com o aceso à banda larga”.
De acordo com o coordenador geral de PPP da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), Rogério Princhak, a Bahia é um dos estados brasileiros mais adiantados em relação às Parcerias Publico Privadas. “São seis já assinadas e cinco em operação. A Bahia coordena a Rede PPP, que reúne 34 membros, entre estados, municípios e instituições como BNDES e a Desenbahia”. Princhak informa também que, atualmente, no Brasil, só existe uma PPP na área de tecnologia, que é a do Datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
“A Inglaterra é um dos países mais adiantados nessa modalidade, com mais de 300 contratos de PPP, nas áreas de tecnologia, defesa, e essa experiência é muito importante. Este é o terceiro seminário que nós participamos. Ano passado, tivemos um na área de Saúde, e mostramos a nossa experiência, e outro na área de Educação. Hoje, é a vez conhecermos a experiência britânica na área de tecnologia”.