A matéria da revista Veja, publicada online na última segunda-feira (18), retratando a vice-primeira-dama Marcela Temer como “Bela, recatada e do lar” tomou grandes proporções nas discussões sobre como a grande mídia pretende influenciar seu público se utilizando de termos machistas como o citado acima. Desde então a rede mundial tem se tornado palco de demonstrações de que as mulheres podem fazer o que bem entenderem e não apenas serem servis e subjugadas.
Milhares de fotos já foram publicadas em diversas plataformas na internet com mulheres bebendo, com roupas curtas, com personalidades femininas que não se submeteram a rótulos, como Frida Khalo e Maria Bonita, por exemplo. Mulheres estas com perfil parecido com o da presidente Dilma Rousseff, que denota luta, força e independência.
Outros meios de comunicação, como a revista Cult, deram provas que não têm interesse em apoiar atitudes como essa, que, no fundo, se prestam apenas como uma maneira de deixar o vice Michel Temer mais palatável às massas, como é possível ver no texto da filósofa Márcia Tiburi.
Diz Tiburi em seu escrito: “Marcela não é a solução para a inexpressividade e o golpismo de Temer. Marcela não vai convencer mulher nenhuma. A matéria da mulher bela e recatada é mais um tiro no pé da imprensa golpista. Se há mulheres que caem em atitudes burras, fascistas e ridículas – como a deputada Raquel Muniz casada com o prefeito de Montes Claros, cena maior no papelão político que assistimos há dias – é porque são vítimas de uma ideologia introjetada.
Marcela Temer é bonita, mas as mulheres de hoje não estão mais preocupadas com isso. Sua beleza de boneca de plástico não vai melhorar o semblante de golpista, de traidor, de anódino, de fraco do vice-presidente.”
Por Adalício Neto / Jornal da Chapada
Veja essa e outras opiniões sobre o fato:
Revista Cult
Carta Capital
Cássia Eller
Laerte
Rebordosa
Eduardo Cunha
Sensacionalista
Tia Má