Populares encontraram na última quinta-feira (21) o corpo parcialmente carbonizado de uma adolescente de 16 anos, grávida no aterro sanitário da cidade de Barra do Mendes, no centro-norte da Bahia. Segundo a polícia, um jovem também de 16 anos, ex-namorado da vítima, foi apreendido ainda no mesmo dia sob a suspeita de cometer o crime. Segundo relatório da polícia técnica, a causa da morte foi esganamento. A informação foi passada ao site G1 pelo delegado Roberto da Silva Leal, titular da 14ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê). O caso é investigado pela unidade. De acordo com a investigação policial, o suspeito esganou a jovem, queimou o corpo e escondeu na geladeira.
O titular da 14ª Coorpin informou que, segundo relatos de testemunhas, o suspeito teria matado a adolescente porque queria que ela abortasse o filho deles. “Ele nega, não confessa e estamos ouvindo testemunhas que confirmam. Um frentista de um posto diz que ele teria comprado 5 litros de gasolina. Ele [o suspeito] alega que estava na casa de uma namorada no momento do crime. Ela foi ouvida e afirma que ele esteve lá, mas os horários não são compatíveis com a versão dele”, diz o titular da 14ª Coorpin.
Além de negar o crime, o menor apreendido disse em depoimento que o relacionamento com a vítima tinha terminado, mas, segundo a polícia, a investigação aponta que a relação não tinha sido encerrada. Familiares da vítima informaram à polícia que a adolescente disse aos parentes, dias antes do crime, que era ameaçada pelo suspeito. A jovem saiu de casa na noite de quarta-feira (20) e não tinha retornado para casa até a manhã de quinta-feira, quando a família começou a procurá-la. “O crime deve ter ocorrido entre 20h30 até meia noite de quarta-feira”, diz o delegado Roberto Leal. O corpo da vítima já foi liberado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Não há informações sobre o enterro da jovem.
O adolescente está apreendido em Irecê e a polícia comunicou o caso ao Ministério Público, que deverá pedir o internamento provisório do suspeito. “Como ele é menor, deve ser aplicada uma medida de segurança. Ele pode ficar custodiado por até três anos. Ele pode responder por homicídio qualificado, ocultação do corpo; e se realmente confirmar que o motivo do crime foi porque ela estava grávida e ele queria que abortasse, pode responder por feminicídio, que é quando a agressão é em relação ao gênero”, afirma Roberto. As informações são do G1.