Ícone do site Jornal da Chapada

Senador diz que Temer não vai mexer no Bolsa Família e que posse de novos ministros será nesta quinta

Brasília - Votação do processo de impeachment de Dilma Roussef no plenário do Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

foto677
A possibilidade de Temer modificar programas sociais, caso assuma o Palácio do Planalto, tem sido recorrente nos discursos de Dilma e aliados | FOTO: Reprodução/EBC |

Cotado para o Ministério do Planejamento em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quarta (11) que Temer não pretende mexer no Bolsa Família nem acabar com o benefício, que atende a cerca de 14 milhões de famílias. Segundo Jucá, caso o Senado decida pelo afastamento da presidenta Dilma Rousseff na sessão desta quarta-feira, Temer vai, sim, discutir os programas sociais, mas sem alterar o Bolsa Família. “Essa questão do Bolsa Família é uma prioridade, não há nenhuma intenção de acabar com o Bolsa Família, de diminuir reajuste do Bolsa Família. Pelo contrário, a ideia é fortalecer os programas sociais que funcionam e, efetivamente, melhorar a vida da população”, disse.

A possibilidade de Temer modificar programas sociais, caso assuma o Palácio do Planalto, tem sido recorrente nos discursos de Dilma e aliados. Nesta quarta mais cedo, no Salão Verde do Congresso Nacional, um grupo de deputados contrários ao impeachment denunciou o “desmonte” do Bolsa Família, considerado o carro-chefe da política social dos governos do PT. O PMDB de Temer defende que os programas de transferência de renda se concentrem na parcela dos 5% mais pobres. A proposta está no documento A travessia social, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido, para servir como uma espécie de programa de governo do vice-presidente na área social.

“Se [o Senado] fizer o afastamento, o governo [Temer] vai ser instalado e logo depois vão ser discutidos os programas”, disse Jucá após deixar do plenário, onde os senadores estão debatendo o afastamento de Dilma. Jucá, que tem atuado como porta-voz de Temer, disse que o vice-presidente também indicou que irá propor um pacote de ajuste fiscal se assumir a Presidência. “Isso será avaliado pela equipe do presidente, se assumir, se o Senado tomar a decisão [de afastar Dilma]. Não tem como antecipar qualquer decisão”, desconversou. Na terça (10), após reunião com o vice, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que Temer pretende reduzir o número de ministérios de 32 para 22.

Posse de ministros
Na conversa com jornalistas no Salão Azul do Congresso, o senador Romero Jucá disse que os ministros do possível governo Temer poderão tomar posse na tarde desta quinta (12). O anúncio da nova equipe, caso o Senado vote hoje (11) pelo afastamento de Dilma, ocorrerá logo após a presidenta Dilma Rousseff receber a notificação e de Temer ser comunicado que assumiu a Presidência da República.

Segundo Jucá, Dilma deve ser notificada por volta de 10h ou 11h, a depender do final da votação de hoje. A expectativa é que Temer seja comunicado na sequência de que assumiu a presidência e o anúncio da equipe ministerial deve ocorrer logo em seguida. O peemedebista não informou quantos ministros tomarão posse. Segundo ele, Temer já pretende ocupar amanhã o gabinete da Presidência da República, no Palácio do Planalto. “Não há vácuo no poder.” Temer atualmente despacha na Vice-Presidência, em um edifício anexo ao palácio. Com informações da Agência Brasil.

Acompanhe ao vivo a sessão do Senado:

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas