Por Maíra A. Andrade Madeira*
O homem é um ser social, que através do seu relacionamento com o outro, amplia o autocontrole e autocompreensão. Por isso, o comportamento humano nas organizações é determinado pelas práticas organizacionais e pelo comportamento proativo de seus integrantes. A atual tendência faz com que as pessoas sejam administradoras e não apenas executoras de suas tarefas. E como estamos falando em gerir capital humano, o primeiro foco deve estar nas relações interpessoais.
Para muitas, o trabalho é um importante componente da vida, não apenas no sentido material, mas também em relação ao desempenho das atividades e para o contato social. Atualmente, sabemos que o cotidiano e tudo que nos cerca influencia na vida e nas emoções das pessoas. Por esse motivo, é preciso proporcionar um ambiente agradável à equipe, pois essa influência é percebida na produtividade do colaborador.
As pessoas não funcionam como máquinas e muitas vezes o comportamento é diferente do esperado. Esse fato mostra que não se pode focar apenas nas relações interpessoais. É preciso estar atento ao desenvolvimento profissional dos seus colaboradores. Uma das soluções que trazem bons resultados são os processos de Coaching, onde o profissional estimula o potencial interno dos colaboradores, usando uma combinação de flexibilidade, insight, perseverança, estratégias e ferramentas pautadas em uma metodologia, apoiando os colaboradores a acessar seus recursos internos e externos e, com isso, melhorar seu desempenho.
Mas não é só isso. As organizações precisam de funcionários saudáveis. Isso não é resolvido só com bons planos de saúde e odontológicos. O ideal é proporcionar qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho. Hoje, os projetos de ginástica laboral proporcionam aos colaboradores exercícios físicos e orientações de postura para diminuição de doenças laborais. É ainda fundamental ter um sério acompanhamento nutricional e médicos do trabalho preocupados com prevenções. O efeito será percebido na diminuição do número de afastamentos pelo INSS.
No entanto, sem uma análise e mensuração detalhada, não é possível quantificar o progresso das atividades. Isso é feito por um bom suporte de sistemas de recursos humanos, que será responsável por uma melhor comunicação, com mais agilidade e ótimo rendimento. O investimento nessa área irá proporcionar quantificar (mensurar) dados de recrutamento e seleção, levantamento de dados para elaboração de treinamentos, implantação de gestão de cargos e salários, dentre todas as outras.
Esses fatores só serão possíveis se o departamento de Tecnologia da informação estiver integrado com a gestão de RH. O resultado? A correta infraestrutura causará o aumento da produtividade organizacional com eficiência e, principalmente, qualidade.
*Maíra A. Andrade Madeira é psicóloga do trabalho, consultora de RH e diretora da agência Núcleo Integrado de Desenvolvimento Humano (NIDH)