O Dia do Gari é celebrado nesta segunda, 16 de maio, mas é uma data ainda pouco festejada e não faz parte do calendário anual de homenagens às profissões. Mesmo assim, essa categoria de trabalhadores vem conquistando direitos e segue lutando por melhorias nos serviços de terceirização, por exemplo, que ainda são precários no Brasil. Defensor da categoria na Câmara de Vereadores de Salvador, o edil Luiz Carlos Suíca (PT) defende a atuação dos trabalhadores de limpeza urbana como fundamental para os moradores da capital. De acordo com o legislador, os garis ainda precisam de melhores condições salariais e efetivação de direitos inerentes aos trabalhadores, como os benefícios voltados para assistência médica.
Para o vereador, os garis não são apenas coletores, varredores, motoristas ou recicladores. “Eles promovem a saúde na cidade, e, apesar disso, é uma categoria que muitas vezes é invisível. A busca do sindicato por melhores condições de trabalho e por melhores salários tem um destaque, que é a valorização destes companheiros, eles devem ser considerados profissionais fundamentais. Porque uma cidade suja é uma cidade doente. E o Sindilimp tem conseguido fazer isso”, completa Suíca, que também é diretor-jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA).
Apesar de destacar os avanços alcançados, o petista alertou que muito ainda precisa ser melhorado para os garis em toda a Bahia. “Em vários municípios do interior do estado, principalmente os de menor estrutura, a profissão ainda é vista de uma forma absolutamente desrespeitosa em condições que se assemelham ao trabalho escravo. Nossa luta é, também, por estes trabalhadores”, argumenta.
Suíca credita o mandato na Câmara à união dos trabalhadores de limpeza urbana e aos terceirizados. “O sentimento é de gratidão e estamos construindo outras oportunidades em outros municípios, para que as pessoas tenham como crescer em diversas áreas da política ou em cargos importantes de sindicatos e governos. Essa é a referência do que é ser um parlamentar sem se afastar de suas bases. Temos no Sindilimp uma mulher que cuida de uma categoria de homens, em sua maioria, e isso também deve ser destacado”, completa.