O fogo criminoso que consumiu área do Gerais do Rio Preto, entre os municípios de Mucugê e Palmeiras, na Chapada Diamantina, foi debelado na manhã da quarta-feira (25), por volta das 7h. Cerca de 28 brigadistas trabalharam intensamente para controlar o fogo, que agora entra na fase de rescaldo e monitoramento. Foram nove homens da brigada voluntária da Associação dos Condutores de Visitantes do Vale do Capão (AVC-VC), cinco da brigada de Guiné, 11 da Barriguda/Tejuco e três funcionários do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD).
O brigadista e chefe de operações do PNCD, Edmar Carvalho, disse ao Jornal da Chapada que o incêndio foi antrópico, causado pela ação do homem (veja aqui). “Conseguimos controlar na borda da Serra. Todo incêndio não natural causa danos. É difícil mensurar a intensidade e danos da biodiversidade”.
A atuação dos brigadistas foi mais uma vez fundamental para debelar o fogo que consumia a vegetação da Chapada Diamantina em um ponto de entrada do Vale do Pati – um dos pontos turísticos mais procurados da região. Também foi motivo de protestos e de reafirmar a defesa por nascentes e afluentes de rios.
“São moradores vizinhos do Parque, guerreiros sem estrelas e sem patentes, são pessoas felizes e encaram a vida com otimismo. Não querem nada em troca, combatem o seu grande inimigo que é o fogo para proteger a sua água, o seu ar puro, sua qualidade de vida, sobrevivência e continuidade da vida”. A defesa ainda teve ironia. “Que governo que nada, a gente protege o que é nosso”, resmungam os brigadistas quando são questionados sobre porquê atuam sem cobrar nada.
Jornal da Chapada