O absurdo do estrupo coletivo contra uma adolescente de 17 anos na zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido nesta semana, indignou milhões de pessoas pelo país e tem demonstrado que esse tipo de violência contra a mulher ocorre com mais frequência do que se imagina. Somente na Bahia foram 576 casos de estupro no primeiro trimestres de 2016, conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública estadual, mostrados em reportagem da TV Bahia. No ano de 2015 foram registrado mais de 2.500 casos e muitos ainda não são denunciados pelas vítimas, que têm medo de sofrerem ainda mais, com a possibilidade de serem mortas inclusive. As consequências para essas mulheres são nefastas, mesmo havendo uma condenação dos criminosos, as sequelas psicológicas são imensuráveis.
Mesmo assim ainda há quem tente argumentar, de maneira inconsequente, que a culpa é das vítimas. Como foi o caso do cantor e compositor Lobão, que em um texto nas redes sociais afirmou que o Brasil “é um país que se fabrica mini-putas, com uma farta erotização precoce”. Outros depoimentos surgiram na internet nesse mesmo sentido, relatando que se a menina do caso no Rio de Janeiro estivesse em casa ou na igreja não seria estuprada, quando sabemos que não é bem assim, já que existem casos de invasão de domicílio seguido de estupro e de mulheres violentadas sexualmente em suas congregações religiosas.
Pelo mundo
Na Indonésia foi assinado um decreto na última quarta-feira (25) que pune estupradores de crianças com castração química, realizada com o uso de medicamentos hormonais que diminuem o apetite sexual. Isso ocorreu exatamente depois de um estupro coletivo a uma adolescente de 17 anos que gerou uma comoção nacional e protestos. Em outros países, como Rússia, Coréia do Norte, Austrália e Estados Unidos esse método também é utilizado. Jornal da Chapada com informações do G1 BA, Brasil 247 e Catraca Livre.