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Chapada: Exposição ‘Cenários da Memória Diamantina’ segue até esta terça em Igatu

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A ação em Igatu é fruto do projeto aprovado no edital ‘Agitação Cultural – Dinamização em Espaços Culturais da Bahia’ | FOTO: Divulgação |

Imagens do acervo arquitetônico das ruínas garimpeiras da Vila de Igatu, tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional, estão em cartaz na exposição multimídia ‘Cenários da Memória Diamantina’ até esta terça (28 de junho) na Galeria Arte&Memória, em Igatu, na Chapada Diamantina. A ação é fruto do projeto aprovado no edital ‘Agitação Cultural – Dinamização em Espaços Culturais da Bahia’, lançado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

Em cartaz desde o dia 22 de abril, mais de mil pessoas já visitaram a mostra, que é resultado de pesquisas realizadas pelo artista visual Marcos Zacariades desde janeiro de 2016. A arquitetura em ruínas das moradias garimpeiras de Igatu e seu entorno estão registradas em mais de 50 fotografias, que além de serem apresentadas na exposição, constarão em um inventário fotográfico e iconográfico para uso público à Biblioteca Municipal Heberto Salles, em Andaraí, e para composição do acervo do Parque Nacional de Igatu.

Com investimentos no valor de R$116.150,00, “o edital fomentou a interiorização, tornando possível realizar um trabalho de qualidade conceitual e estético, permitindo que fossemos a campo fazer uma pesquisa com dedicação para proporcionar esse acervo à população. São recursos públicos que estão sendo destinados para uso público, contribuindo para a formação de plateia no interior da Bahia”, afirma Marcos Zacariades.

A pesquisa fotográfica contempla as tocas garimpeiras que foram abandonadas em meados do século XIX e hoje se transformou num dos maiores legados da memória das Lavras Diamantinas, especificamente no distrito de Igatu, local que agrega um sítio arqueológico tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Residente da vila há 15 anos, Marcos Zacariades revela que “essa pesquisa é voltada para o olhar da preservação do patrimônio”.

Outras atividades também foram desenvolvidas em paralelo à exposição como Ciclos de Palestras com professores-pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de visitas guiadas com alunos das escolas de Igatu, turistas, visitantes, estudantes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e moradores. Os temas abordados foram ‘História da Arte’, ‘A Imaginária Religiosa Brasileira’, ‘Arte e Sociedade’ e ‘Vestígios da Memória Diamantina’.

A pesquisa fotográfica contempla as tocas garimpeiras que foram abandonadas em meados do século XIX | FOTO: Divulgação |

Vila de Igatu
A Vila de Igatu, situada no município de Andaraí, é cercada pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, tendo sido erigida a partir da ocupação do garimpo de diamantes, em 1844. O local foi explorado durante 100 anos, até a exaustão completa das suas minas. Esse período foi suficiente para gerar uma riqueza patrimonial a partir dos modelos construtivos, seja de habitações, infraestruturas, minas e caminhos, além dos ritos e de todo os culturais que constituem a identidade do lugar.

Agitação cultural
O projeto buscou apoiar propostas de dinamização cultural em espaços públicos e privados. Com recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), contempla ações de qualquer segmento cultural que aconteçam com frequência e periodicidade mínimas. As propostas podem ser realizadas em espaços culturais convencionais – como um teatro, um museu, um arquivo público ou biblioteca.

Espaços que funcionam ou possuem possibilidades reais para funcionar como centros e elos de difusão, fruição, formação e produção de conteúdos artístico-culturais, com ambientes capazes de abrigar ações culturais abertas à população, como shows, espetáculos, exposições, exibições audiovisuais, realização de oficinas, dinâmicas socioeducativas de conteúdo cultural e atividades afins também são contemplados.

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