Os representantes das Comunidades Remanescentes de Quilombo, integrantes do Conselho Regional das Associações e Povos Quilombolas da Chapada Diamantina (CRASQCD), se reuniram no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), na cidade de Seabra, na Chapada, em junho, e publicaram na internet uma carta de repúdio e não reconhecimento ao governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), segundo eles “devido aos crimes constitucionais cometidos e retrocessos”.
Conforme os quilombolas, entre alguns desses crimes e retrocessos estão a “violação do Estado democrático de direito e a Constituição Federal de 1988, para afastar do mandato da presidente Dilma Rousseff; Retrocesso ao direito à terra das comunidades quilombolas, conforme determina o Art. 68 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988; Retrocesso ao reconhecimento dos Territórios Quilombolas como patrimônio cultural do povo brasileiro, como determina os Artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988”.
O CRASQCD pretende lutar em defesa do ensino obrigatório da cultura Afro-Brasileira e história da África em toda rede de ensino público e privado do Brasil, pelo Estatuto da Igualdade Racial no Estado Brasileiro, pela gestão integrada para o desenvolvimento da Agenda Social Quilombola no âmbito do Programa Brasil Quilombola, entre outros direitos. Para os representantes envolvidos “somente a união do povo do campo e da cidade será capaz de destituir o governo interino”. Jornal da Chapada com informações de Assessoria.