Um acordo formalizado entre a Secretaria de Turismo (Setur) e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) para georreferenciamento da Estrada Real da Bahia está dando procedimento ao mapeamento dos 100 quilômetros restantes dos 400 da estrada. Esse trajeto liga Jacobina, na Chapada Norte, até Rio de Contas, na Chapada Diamantina. A informação foi confirmada pelo diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust. Após anos de discussão entre órgãos públicos para realização de obras de infraestrutura turística nos municípios pertencentes às rotas do ouro, como pavimentação asfáltica e construção de centros de atendimento ao turista, aparentemente o projeto sairá do papel.
O real caminho ainda está sendo mapeado e, de acordo com Brust, a expectativa é de que o georreferenciamento da etapa Jacobina – Rio de Contas seja concluído no final deste ano. Após o término desta fase, porém, a Setur ainda vai avaliar a viabilidade do projeto. “O objetivo deste estudo é identificar as coordenadas exatas do Caminho Real. Ao final, indica a necessidade de maior adensamento de informações entre os trechos reconhecidos e cadastrados. Ou seja, os dados disponíveis são rigorosamente preliminares. Nossa equipe técnica acompanha este processo com todo interesse, a fim de analisar a viabilidade do projeto; seu custo-benefício em esferas público e privada, assim como sua adequação ao orçamento da Setur”, explicou a pasta em nota oficial.
Durante a discussão do projeto, ao longo da última década, também foi debatida a necessidade de criação de um instituto voltado para a promoção da Estrada Real da Bahia como um novo destino turístico no estado, a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais, onde as rotas de ouro e diamante já se consolidaram como atração de turistas.
Em outubro de 2012, com Domingos Leonelli como titular da Setur, a criação da entidade chegou a ser discutida em audiência pública na Câmara dos Deputados e, assim como Minas Gerais, a expectativa era de construir o entendimento junto à iniciativa privada. De acordo com a Setur, este continua sendo o entendimento da secretaria. “A idéia de criar aqui um Instituto da Estrada Real foi inspirada na bem sucedida experiência de Minas Gerais, onde a iniciativa privada participou e ainda atua de forma eficiente. O modelo criado em Minas eliminou os entraves burocráticos da administração pública”. Com informações do Bahia Notícias.