Ministro interino das Cidades no exercício há pouco mais de dois meses, o deputado federal licenciado Bruno Araújo (PSDB) pediu férias ao mesmo tempo em que o secretário-executivo da pasta, Marco Aurélio de Queiroz Campos. O pedido causou paradeiro no Ministério, mas foi acatado pelo vice-presidente em exercício Michel Temer e publicado na edição do último dia 5 do Diário Oficial da União, sem detalhamento do motivo do recesso. O ministro e o secretário-executivo são as duas maiores autoridades do Ministério e, com a ausência dos dois, ficaram paralisadas ações simples como autorização de pagamentos básicos, pagamento de medição de obras e serviços do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) contratados em exercícios anteriores e com recursos já autorizados pelo Tesouro Nacional.
Além das ‘férias fora de época’, outra polêmica é a fila de liberação mensal de recursos para obras em andamento, que era tratada como prioridade e que perdeu esse privilégio. Atualmente, são priorizadas obras e projetos novos, contrariando acórdão do Tribunal de Contas da União. A principal crítica a esta atitude é quanto a margem para possíveis vantagens aos pares políticos do ministro. O Ministério das Cidades é um dos mais importantes do Governo Federal, sendo responsável, entre outros, pelo Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV). A assessoria de Araújo informou que ele precisou tratar de problemas particulares no exterior. O atual ministro, em férias, ganhou destaque na mídia em 2015, quando se tornou líder da oposição e passou a fazer uso freqüente das redes sociais para criticar o governo petista. As informações são do Brasil 247/Bahia.