A homofobia fez mais uma vítima em Salvador. Dessa vez, foi o estudante de comunicação Leonardo Moura, que foi brutalmente agredido, neste final de semana, e morreu no hospital. Indignado, o vereador petista Luiz Carlos Suíca (PT) repudiou, nesta segunda-feira (11), as agressões contra a comunidade LGBTs e pediu o fim da violência na capital. “Atitudes intolerantes por parte de pessoas de grande projeção, como artistas, a própria mídia, e principalmente políticos e deputados federais, como Marcos Feliciano e Jari Bolsonaro, fomentam a violência na sociedade. Vivemos em uma sociedade machista, racista e que não reconhece os direitos individuais. Temos de dar um basta nisso. Quero externar meus sentimentos aos familiares e aos amigos de Leonardo Moura”, lamenta Suíca.
De acordo com o vereador, “não há como negar que a morte do estudante foi ocasionada pela LGBTfobia, que vitima pessoas diariamente no país”. “É necessário que a polícia militar e civil se unam, investiguem e apurem o caso, identificando o agressor ou agressores responsáveis por esse homicídio. Não aceitaremos mais um caso de LGBTfobia impune, queremos justiça”, completa. A militante LGBT, Rebeca Benevides, informa que a próxima sexta-feira (15) será de protestos, a partir da 18h, na Rua da Paciência, no bairro do Rio Vermelho, onde grupos, coletivos do movimento LGBT convocam um ato contra a violência.
“Enquanto acordávamos felizes, comemorando a vitória da baiana de Pojuca, lésbica, Amanda Nunes, lutadora de artes marciais, que se tornou a primeira campeã brasileira do UFC, tive conhecimento que mais um gay, foi vítima de homofobia. O estudante Leonardo Moura, foi brutalmente espancado, de maneira que perdeu os rins, não resistiu à cirurgia e veio a óbito nesta segunda, no Hospital Geral do Estado”, informa Rebeca.
Conforme dados do Grupo Gay do Brasil (GGB), um homossexual é morto a cada 28 horas no país por conta da homofobia (assassinatos e suicídios) e cerca de 70% dos casos dos assassinatos de pessoas LGBT ficam impunes. No dia 28 de junho, dia internacional do Orgulho LGBT, o GGB divulgou que, na Bahia, de janeiro até junho, foram mortos 19 LGBT’s em situações de conotação LGBTfóbica.