No início da noite desta sexta-feira (5), a Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante Talma Bauer, chefe de gabinete do deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC). Ele é suspeito de manter uma jovem em cárcere privado para evitar que ela denunciasse ter sido assediada sexualmente pelo parlamentar. As informações são da Coluna Esplanada, do UOL.
Durante esta semana, o jornalista Leandro Mazzini publicou áudios e prints de conversas no WhatsApp repassados por Patrícia Lélis, de 22 anos, que o procurou com o intuito de denunciar ter sido vítima de assédio. A militante do PSC afirmava ter sido agredida por Marco Feliciano, que teria a ameaçado para que os dois mantivessem relações sexuais. Após o caso vir à tona, a garota chegou a gravar vídeos desmentindo o conteúdo das matérias escritas pelo repórter.
A 3ª Delegacia de Polícia de São Paulo iniciou uma investigação sobre o caso. As primeiras informações apontam que Talma teria mantido a jovem em cárcere privado num hotel da capital paulista, a forçando a gravar vídeos desmentindo as denúncias publicadas na Coluna Esplanada. As autoridades paulistanas já estariam encaminhando um ofício para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o deputado Marco Feliciano por agressão, assédio sexual e tentativa de estupro.
Senadora pede investigação
A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), entrou na sexta (5) com pedido de investigação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) do caso envolvendo o deputado Marco Feliciano. A senadora alega que o episódio envolve um parlamentar “tido como zelador de direitos e garantias fundamentais”. Vanessa Grazziotin anexou ao pedido reportagem publicada no último dia 2, na qual a garota que acusa Feliciano relata o caso a um jornalista.
“A denúncia é mais um caso de assédio sexual, praticado por figura tida como zelador de direitos e garantias fundamentais, mais uma demonstração do cenário machista que compõe nosso Parlamento e nossa sociedade. O grave relato de uma estudante que foi pressionada para sair de Brasília, a fim de evitar um escândalo, precisa ser investigado e a culpa atribuída ao autor do fato”, diz o ofício encaminhado pela senadora ao procurador-geral de Justiça do MPDFT, Leonardo Bessa. As informações são do BHAZ e da Agência Brasil..