A jornalista e estudante de direito Patrícia Lelis, de 22 anos, que denunciou o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) por tentativa de estupro, foi diagnosticada por uma psicóloga como sendo “mitomaníaca”, pessoa portadora de transtorno de personalidade que faz com que minta compulsivamente, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo. Na semana passada a polícia já tinha indiciado Patrícia por denunciação caluniosa e extorsão no caso em que ela acusa Talma Bauer, assessor do deputado federal Feliciano de sequestro e cárcere privado num hotel na capital paulista, entre julho e agosto. Após concluir o inquérito, a investigação informou que vai pedir à Justiça a prisão preventiva da jornalista.
“Recebi documentos com laudo psicológico que diagnosticou a moça como ‘mitomaníaca’. Possui mitomania”, disse ao G1 o delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial (DP), na Santa Ifigênia, região central da capital paulista. Questionada pelo G1, a advogada de Patricia, Rebeca Novaes Aguiar, confirmou que uma psicóloga chegou a mencionar, em depoimento em Brasília, que sua cliente pudesse ter “mitomania”, mas não era uma análise conclusiva.
Segundo a advogada, essa psicóloga seria de uma igreja evangélica que Patrícia procurou após ter denunciado o caso de estupro quando era adolescente no Distrito Federal. “Foram duas sessões só”, afirmou Rebeca. “Não existe no inquérito laudo técnico que demonstre que ela tenha mitomania.” Independentemente da posição da defesa de Patrícia, Hellmeister afirmou que irá anexar ao inquérito de São Paulo o que entende ser perfil psicológico da jornalista que demonstra que ela mente reiteradamente. As informações são do G1.