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Bahia: Dados da UPB mostram que crise econômica foi responsável pela derrota de 82% dos candidatos

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Enquanto em 2012 os petistas conseguiram emplacar 93 líderes do Executivo, este ano foram apenas 39 prefeituras conquistadas | FOTO: Reprodução |

A situação econômica país vive foi responsável direta pela derrota de 82% dos prefeitos baianos durante as eleições municipais deste ano. É o que aponta dados divulgados pela União dos Municípios da Bahia (UPB). De acordo com a presidente da União, Maria Quitéria, com a redução no repasse da União para as cidades, muitos municípios deixaram de investir em obras estruturais e acabaram criando um desgaste com a população. Um os partidos que mais perdeu representes foi O PT, cerca de 60% em todo estado. Enquanto em 2012 os petistas conseguiram emplacar 93 líderes do Executivo, este ano foram apenas 39 prefeituras conquistadas. Em contrapartida, siglas de oposição como DEM e PSDB aumentaram seus domínios.

“Sem dívida nenhuma esse último mandato foi o pior entre os prefeitos. Nós temos um quadro de prefeitos muito bom, tivemos uma redução nas contas, isso mostra a qualidade dos prefeitos, mas tivemos um aumento da questão financeira, uma queda no repasse do governo federal, nesse último ano principalmente, uma queda no repasse das obrigações com os programas sociais, o que leva os prefeitos a investirem mais com recursos próprios. Mesmo assim, os investimentos foram dificultados, gerando os problemas nas eleições. Quando você tem um município que é próspero, que investe muito, que tem suas obras, estruturas, as pessoas tendem a valorizar mais esse prefeito, consequentemente a eleição segue mais tranquila”, explicou Maria Quitéria à Tribuna.

“Quando a gente tem um quadro como o que esses municípios estão vivendo nos últimos oito anos, porque isso não é apenas dos últimos quatro anos, a gente vem tendo um quadro de exonerações, imposto de renda diminuiu, desemprego… a receita que os municípios recebem da União através do FPM é oriunda do IPI e imposto de renda, e isso tem um reflexo. Naturalmente, as prefeituras têm vivido o desgaste de alguns programas federais, por não terem a compensação nesses programas acabam tendo o desgaste com a população”, continuou. Maria Quitéria falou sobre a situação de Ilhéus, que havia perdido cerca de R$ 15 milhões no primeiro semestre deste ano e alertou para a dificuldade que os novos prefeitos terão ao assumir seus cargos no próximo ano. “Em grande parte dos municípios os prefeitos nem quiseram tentar a reeleição, abriram mão. Um exemplo é Ilhéus”. Matéria extraída na íntegra da Tribuna da Bahia.

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