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Valmir quer Dandara dos Palmares inscrita no Livro de Heróis da Pátria

O deputado federal da Bahia, Valmir Assunção, durante discurso no plenário da Câmara | FOTO: Divulgação |

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O deputado federal da Bahia, Valmir Assunção, durante discurso no plenário da Câmara | FOTO: Divulgação |

No último dia do mês de novembro, todo dedicado ao povo negro, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) deu entrada em um projeto de lei (6590/2016) que pede a inclusão do nome de Dandara dos Palmares no Livro de Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, na capital federal. A peça foi apresentada, nesta quarta-feira (30), à Câmara Federal e, em sua justificativa, Assunção faz um histórico da companheira de Zumbi dos Palmares. “Dandara foi uma mulher que viveu à frente de seu tempo. Sem dúvida alguma uma guerreira do Brasil que lutou bravamente pela liberdade de negras e negros. Por isso, a iniciativa se adequa aos requisitos fixados pela lei 11.597/2007, que dispõe sobre a inserção de nomes no Livro dos Heróis da Pátria”, aponta.

Poucos são os registros históricos a respeito da vida de Dandara. Conforme Valmir, o que se sabe é que viveu na segunda metade do século XVII, na região da Serra da Barriga, denominada de Palmares (Maceió), em razão da fartura, no local, da palmeira pindoba. Não se tem notícia se Dandara nasceu no Brasil ou se foi trazida da África. “Fato é que ela participava intensamente das atividades do quilombo, inclusive das estratégias de resistência. Dominava técnicas de capoeira e defendeu Palmares de diversos ataques, levados a efeito sobretudo pelos holandeses, a partir de 1630”, detalha o deputado federal. Ainda no século XVII, Dandara já se opunha à escravidão, cuja consolidação só veio a ocorrer mais de duzentos anos depois.

“A história de luta e resistência dela deve permanecer gravada na memória do povo brasileiro. Ainda que tenha vivido há mais de quatro séculos é um exemplo de liderança e firmeza de ânimo, tão importantes em embates que vem sendo travados na sociedade para a defesa de direito das minorias, diuturnamente violados”. Ainda conforme Valmir, “a história de Dandara serve de estímulo para que lutemos por uma sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades para todos, como também pelo fim das intolerâncias de toda a espécie, que tem curiosamente recrudescido no Brasil, nos últimos anos”.

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