O grupo de 17 presos que conseguiu escapar após serrar as grades de uma das celas e violarem três barreiras fixas do Complexo Penitenciária de Mata Escura, em Salvador, durante a madrugada da última sexta-feira (13) são de uma mesma facção criminosa que nasceu em 2015 entre os pavilhões do presídio da capital e se espalhou pelo estado. As informações foram passadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb-BA).
A fuga só foi detectada na manhã da sexta-feira, quando os agentes penitenciários da unidade perceberam os danos na cela. A unidade prisional tem capacidade para comportar 808 presos, mas, durante a fuga, estava com 1227 detentos. Após a fuga em massa, o governador da Bahia, Rui Costa, determinou ao secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, a exoneração do diretor da Cadeia Pública, o capitão da PM Pablo Fagner Araújo Carvalho, e do diretor adjunto da unidade prisional, Paulo Cesar Gonçalves Sacramento.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários atribuiu a fuga à superlotação da unidade carcerária e à falta de segurança do local. Em nota, a entidade afirmou que o complexo tem número maior que o indicado de presos por cela, que faltam câmeras de vigilância, iluminação nas guaritas e vigilância da polícia nas imediações e nas guaritas da unidade. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que, por meio da Corregedoria, abriu uma sindicância para investigar os procedimentos de segurança da cadeia e as circunstâncias da fuga.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para fazer uma perícia na cela. Conforme a secretaria, a Rondesp, o Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Grupamento Aéreo (Graer) já estão promovendo a busca dos internos, enquanto o Batalhão de Polícia de Guarda apura as circunstâncias em relação a segurança do perímetro da unidade. Até a noite desta sexta, nenhum fugitivo havia sido recapturado. As informações são do G1BA.