Uma das datas mais expressivas do calendário de festas populares da Bahia, a Festa de Iemanjá, acontece nesta quinta-feira (2), no Rio Vermelho, em Salvador. Realizados desde 1923, os festejos ocorrem na temporada de verão da Bahia, quando, de acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia (ABIH-Bahia), os hotéis de Salvador registram uma média de ocupação de 85% dos leitos na cidade.
Com a característica que marca as festas religiosas baianas, de unir o sagrado ao profano, as homenagens a orixá Iemanjá – das religiões de matriz africana – atraem turistas de várias partes do Brasil e até do exterior. São pessoas que se rendem à tradição dos baianos de reverenciar a orixá, fazer pedidos ou simplesmente admirar uma das manifestações populares mais belas e concorridas do calendário de eventos da Bahia.
No Hotel Golden Tulip Salvador, localizado no Rio Vermelho, até terça-feira (31), 172 dos 200 apartamentos do empreendimento estavam reservados para o 2 de fevereiro, mas a expectativa era a de que, até quinta (2), os apartamentos restantes fossem ocupados. Rainha das Águas – Na quinta-feira, um dos bairros mais boêmios da capital baiana é colorido de azul e branco (cores da orixá, considerada rainha das águas), seja nas vestes de quem participa, seja nos adereços. O dia festivo é anunciado às primeiras horas da manhã com uma alvorada de fogos de artifício.
Flores, espelhos, perfumes, joias, pentes, sabonetes, dentre outros, são alguns dos presentes oferecidos por baianos e turistas que querem agradar a Iemanjá e ter seus pedidos atendidos. O presente principal, oferecido pelos pescadores, geralmente é mantido em segredo até a hora em que é levado ao mar. Muitos preferem depositar os presentes diretamente nas águas e até antecipam as oferendas, enquanto outros optam por entrar na fila logo cedo para colocar os agrados nos balaios.
Tudo é levado pelos pescadores, em um cortejo de embarcações, para alto-mar, no período da tarde. Após a entrega dos presentes, baianos e turistas prosseguem nas homenagens em festas privadas, casas de amigos ou em barracas instaladas nas imediações da Casa de Iemanjá.
Origem
A festa teve início quando, diante da escassez de peixes, um grupo de pescadores resolveu ofertar presentes à Iemanjá. Segundo relato popular, os peixes voltaram e, a partir de então, os pescadores presenteiam a rainha do mar como forma de agradecimento, aproveitando para pedir fartura e um mar tranquilo. As informações são da Setur.