O secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner (PT), prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro através de videoconferência, na manhã da última segunda-feira (13). Interrogado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Wagner afirmou ter participado de conversas com líderes dos partidos na Câmara e no Senado, mas negou a utilização de recursos espúrios para que houvesse a manutenção ou ampliação da base parlamentar do PT. “No meu período não”, resumiu. O secretário comandou dois ministérios durante o primeiro mandato do petista, o do Trabalho e Emprego e o de Relações Institucionais. Wagner atribuiu o apoio de 376 dos 417 deputados federais, na época, a popularidade do ex-presidente.
Questionado por Moro se teria participado de discussões sobre distribuições de cargos na diretoria da Petrobras, o ex-ministro afirmou nunca ter participado de reuniões envolvendo a estatal. “Quando assumi o ministério [das Relações Institucionais], a diretoria já estava montada. Eu fui membro do conselho de administração da Petrobras, durante o período que servi o Lula, depois houve uma ou duas mudanças, mas não teve a minha participação direta”.
O ex-ministro garantiu ainda que quando integrou o conselho, não teria participado da montagem da diretoria da estatal. “Não participei da montagem da diretoria da Petrobras. Ela foi montada na transição”, afirmou. Além de Jaques Wagner, outras três pessoas também foram interrogadas na segunda, incluindo o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, convocado pela defesa de Lula. Gabrielli foi nomeado pelo petista e comandou a estatal de 2005 a 2012. Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As audiências de defesa devem seguir, na Justiça Federal do Paraná, até pelo menos 15 de março. Jornal da Chapada com informações do Bocão News.
Confira o vídeo do depoimento do secretário Jaques Wagner