Mais de 45 toneladas. Essa é a parcial da coleta dos resíduos sólidos realizada pelo Projeto “O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente”, nos quatro primeiros dias (de 23 a 26) do Carnaval de Salvador. Financiado pelo Governo do Estado, o projeto beneficia 1.500 catadores durante a folia e conta com sete Centrais de Apoio ao Catador, distribuídas pelos circuitos da festa, onde é realizada a compra do material coletado. O projeto fornece fardamento (camisa e calça), equipamentos de proteção (botas, luvas e protetores auriculares), água e duas refeições diárias aos catadores cadastrados no projeto.
No total, são investidos R$ 800 mil por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). “Ainda temos dois dias de festa, contando com o Arrastão na Barra, na Quarta-feira de Cinzas. A expectativa é atingir os números anteriores, quando foram coletadas 90 toneladas durante todo o Carnaval”, explicou Michele Almeida, presidente de umas das cooperativas envolvidas no projeto.
Um dos coordenadores da ação, André Dantas, ressaltou que este ano, na região de Ondina, que é base da Rede “De Catador para Catador” no Carnaval, somente o projeto “O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente” teve atuação. O coordenador explicou ainda a importância de ações como esta para os trabalhadores: “Um dos objetivos é acabar com o papel do atravessador, aquele que explora o trabalho do catador. Aqui, além do preço justo, damos toda estrutura para este trabalhador”. As informações são da Setre.