A Bahia ainda tem 211 mil crianças e adolescentes na faixa 4 a 17 anos de idade fora da escola. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) e toma por base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2015. “A Bahia foi reprovada. A educação baiana foi reprovada. Nossa terra teve notas baixas. Ficamos bem abaixo das metas estabelecidas pelo Movimento Todos Pela Educação”, lamentou o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB), em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, nesta quarta-feira (5).
“Essa avaliação diz respeito à educação baiana como um todo, abrangendo todas as redes, a estadual, a municipal e a particular. Ela nos mostra que ainda temos muito a fazer neste, que é um setor crucial para o desenvolvimento da Bahia, para a construção de um futuro melhor para a nossa juventude, para a nossa gente”.
O Todos Pela Educação é um movimento criado com o objetivo de engajar o poder público e a sociedade brasileira no compromisso pela efetivação do direito das crianças e jovens a uma educação básica de qualidade. Para chegar a isso, foram estabelecidas metas anuais até 2022. A meta 1 – que prevê que toda criança e jovem de 4 a 17 anos esteja na escola – era 96,2% neste ano e nós chegamos a 94%. “Parece pouco, na frieza dos números. Mas a realidade é cruel”, frisa Geilson.
De acordo com o deputado, a meta 2 – que é conclusão do ensino fundamental até os 16 anos – a Bahia chegou a apenas 62,3% – bem distante da meta de 84,2% estabelecida pelo Todos Pela Educação. E já no caso da meta 4 – que é a conclusão do ensino médio com até 19 de idade – o objetivo era chegar a 67,6%, mas o estado atingiu apenas 47,4%. “E sabemos, que só vamos ter menos violência, mais saúde, mais empregos decentes e oportunidades iguais, quando tivermos uma educação de qualidade para todos”, ressaltou Geilson.