Ícone do site Jornal da Chapada

Chapada: Projeto de instalação de fábrica de cimento em Lajedinho será discutido em audiência; saiba mais

foto
A fábrica envolve diferentes etapas de atividades, desde a extração do calcário e fabricação do clínquer, até a fabricação do cimento em si | FOTO: Meramente Ilustrativa |

O projeto de construção de uma fábrica integrada de cimento do grupo CPX Baiana Mineração e Participações S/A, em Lajedinho, cidade localizada na Chapada Diamantina, será debatido no próximo dia 28 de abril, às 9h, em uma audiência pública na Quadra de Esportes Municipal, com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), associações e sociedade civil. Um estudo dos impactos com a instalação dessa fábrica foi realizado pela empresa. O funcionamento do denominado ‘Complexo Mínero-Industrial de Lajedinho’, envolve quatro etapas de atividades.

A extração do calcário, a britagem do minério, a fabricação do clínquer, produto proveniente do calcário e argila, considerado o cimento numa fase básica de fabrico, e a fabricação do cimento em si. Muitos ambientalistas têm se manifestado contra a instalação da fábrica, que ainda não tem data para acontecer. Ela ficará localizada em três fazendas do grupo empresarial a 25 quilômetros da sede de Lajedinho, a 50 da Serra do Orobó e do Parque Nacional da Chapada Diamantina, este último em linha reta, e a 40 da Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara.

O empreendimento deve causar impactos na região, entre eles a mudança irreversível na paisagem e a demanda de alto consumo de água dos lençóis freáticos da região | FOTO: Meramente Ilustrativa |

Mesmo ainda não havendo Plano Diretor Municipal ou Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo aprovados em Lajedinho, a empresa afirma que “os direitos de uso da superfície e do subsolo do empreendimento estão regularizados”. O tempo de operação esperado é de 100 anos e o de implantação é de 27 meses. Conforme informações, a capacidade de produção anual é estimada em 1.610.000 toneladas, sendo esta integrada com uma fábrica de produção de cimento Portland com uma capacidade anual de 800 mil toneladas.

A CPX Baiana pretende realizar projetos sociais para diminuir impactos negativos na região, entre os impactos estão a mudança irreversível na paisagem e a demanda de alto consumo de água dos lençóis freáticos da região, gerando redução de reservas hídricas subterrâneas. E isso deve alterar a fauna das grutas e da área onde estará a fábrica, interferindo no ritmo de vida da comunidade por conta de possíveis danos e incômodos que acarretem na perda de qualidade de vida por algum distúrbio em um componente ambiental, como na qualidade do ar, ruídos, entre outros.

Jornal da Chapada

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas