Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, um dos delatores da operação afirmou que parte da propina repassada a caciques do PP baiano serviu até para bancar a blindagem do carro utilizado pela filha do ex-ministro Mário Negromonte, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. Integrante do grupo de “transportadores” criado pelo doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, disse aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que, a mando de Youssef, o serviço no Kia Soul vermelho dirigido por Daniella Negromonte foi pago em dinheiro e descontado da cota destinada ao político no esquema.
Os detalhes constam na ação de improbidade administrativa movida pelo MPF contra Mário Negromonte e mais dez pepistas. De acordo com Ceará, os R$ 16 mil cobrados por uma empresa de blindagem em São Paulo foram levados no dia 23 de agosto de 2011 pelo irmão do ex-ministro, Aldarico Negromonte, suspeito de entregar remessas de propina para o doleiro. O delator informou ainda à Lava Jato que Youssef teria pago parcelas do carro com dinheiro desviado da Petrobras. As informações são de Jairo Costa Jr, da coluna Satélite, do jornal Correio 24h.