Ícone do site Jornal da Chapada

STF divulga delação de donos da empresa JBS; documento tem cerca de 2 mil páginas

Brasília - O presidente Michel Temer, ministros e parlamentares participam da abertura da 20ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios (Antonio Cruz/Agência Brasil)

ebc
A prova faz parte da investigação que foi aberta contra o presidente Temer na Suprema Corte | FOTO: Antonio Cruz/Agência Brasil |

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, nesta sexta-feira (19), a íntegra da delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. A medida foi tomada após o ministro Edson Fachin homologar os depoimentos, firmados com a Procuradoria-Geral da República (PGR). São cerca de 2 mil páginas. As oitivas foram gravadas em vídeo. Na última quinta (18), após retirar o sigilo dos depoimentos, o STF divulgou o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista em uma reunião com o presidente Michel Temer.

A prova faz parte da investigação que foi aberta contra o presidente na Suprema Corte. Também foram citados os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG), além da ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro Guido Mantega. O áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa, Temer e Batista falam sobre o cenário político, os avanços na economia e também citam a situação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi preso na Operação Lava Jato, por volta dos 11 minutos.

Em pronunciamento na tarde de quinta, Temer afirmou que não irá renunciar ao cargo e exigiu uma investigação rápida na denúncia em que é citado, para que seja esclarecida. “Não renunciarei. Repito, não renunciarei”, afirmou. Em seguida, em nota divulgada à imprensa, o Palácio do Planalto informou que o presidente não acreditou na veracidade das declarações de Joesley referentes ao suborno de um juiz e um procurador.

“O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”, disse a assessoria do Palácio do Planalto, em nota. “A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito”, diz o comunicado. Da Agência Brasil.

Leia também
#Brasil: Entenda o que pode acontecer com o presidente Temer após abertura de inquérito no STF

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas