Durante os protestos da greve geral em Salvador, na última sexta-feira (30), o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) lembrou que “as manifestações nas ruas são o caminho mais rápido para as eleições diretas e a retomada da democracia” no Brasil. O líder do PT na Câmara da capital disse ainda que a situação do país se agrava a cada denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e aliados da base política atual. Ele acredita que a mobilização deve seguir neste domingo, dia 2 de julho, data em que se celebra a Independência da Bahia, com os trabalhadores indo às ruas protestar contra as reformas propostas por Temer – como a previdenciária, trabalhista e contra a lei de terceirização, mas também para tratar de questões específicas, como as campanhas salariais dos trabalhadores terceirizados na Bahia.
“Não temos outro meio. Os patrões não querem negociar, e os trabalhadores vão cobrar seus direitos nas ruas”, salienta. Para Suíca, antes de tudo é preciso lutar por independência entre os poderes constituídos no país. “A sexta foi de mobilização para os trabalhadores, mas foi um dia triste para a justiça, que soltou o ex-assessor de Temer, pego com R$ 500 mil em uma mala rastreada pela Polícia Federal, além de Aécio Neves ter conseguido retornar ao cargo mesmo com denúncias graves de obstrução da justiça, corrupção e tantos outros crimes. E hoje temos o primeiro presidente investigado por corrupção passiva, formação de organização criminosa e tratam isso com a maior naturalidade”, critica Suíca.
Para a coordenadora-geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello, as campanhas salariais dos profissionais de limpeza urbana e de asseio e conservação seguem durante o mês de julho. “Vamos para o desfile do 2 de Julho, neste domingo, para levar nossa indignação com os atrações salariais e pela retomada das negociações com as empresas. O direito de receber seus vencimentos em dia, ter seus benefícios garantidos e de ser tratados de forma igualitária, é isso que os trabalhadores cobram. Sem falar que as reformas propostas pelo golpista do Temer só vai enfraquecer ainda mais esse elo que já é frágil entre empresas e trabalhadores”.