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#Brasil: Empresário afirma em depoimento à PF que Geddel o alertou sobre sala antigrampo

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A defesa de Geddel divulgou nota na qual afirmou que o ex-ministro “não alertou a quem quer que fosse a existência de pretensa sala” | FOTO: Montagem do JC |

O último depoimento do empresário Joesley Batista, da JBS, concedido à Polícia Federal em 16 de junho, trouxe outra polêmica ao cenário político nacional. Ele afirmou que foi avisado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima de que o presidente Michel Temer utilizava uma sala “antigrampo” para tratar de assuntos “mais sensíveis”. Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência informou que não irá se manifestar sobre o assunto.

A defesa de Geddel divulgou nota na qual afirmou que o ex-ministro “não alertou a quem quer que fosse a existência de pretensa sala” e, se Geddel tivesse a intenção de esconder algo, “não se colocaria à plena disposição das autoridades.” No depoimento, de 16 de junho deste ano, Joesley detalhou aos policiais a escolha do aparelho utilizado para gravar o encontro com Temer, que ocorreu em 7 de março.

No diálogo, ele diz que “zerou pendências” com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que está “de bem” com o peemedebista, que está preso em Curitiba. Neste momento, Temer diz ao empresário: “tem que manter isso”. Joesley disse ao Ministério Público que o presidente deu aval para que ele comprasse o silêncio de Cunha, para que o ex-deputado não fizesse delação premiada.

O empresário também narrou, além da obstrução de justiça, uma sequência de crimes como suborno de procuradores e compra de informações privilegiadas. Segundo a Procuradoria Geral da República, a conversa mostra que Temer deu “anuência” para que o empresário pagasse propina ao peemedebista para mantê-lo em silêncio e não o delatasse.

À Polícia Federal, o empresário disse que optou por usar um gravador “emborrachado” por acreditar que o aparelho funcionaria em um ambiente com bloqueador de sinal eletromagnético e que “passaria desapercebido” por detectores de metal. No depoimento, Joesley afirmou que o encontro de 7 de março ocorreu em uma sala no subsolo do Palácio do Jaburu “situada depois da área de serviço e ao lado da garagem”.

Segundo o empresário, que relatou ter tido pelos menos outros cinco encontros com o presidente, foi a primeira vez que os dois conversaram nesta sala. Nas outras ocasiões, disse, as conversas que tiveram foram na sala de estar do Jaburu. Jornal da Chapada com informações do G1.

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