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Deputado denuncia crime ambiental em Simões Filho e pede embargo imediato de obras

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“Quem está por detrás do que pode ser um dos piores desastres ambientais da Bahia é Loureiro Souto – filho do ex-governador e secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto [DEM]”, diz Valmir Assunção | FOTO: Reprodução/Agência Câmara |
A polêmica sobre a implantação de um aterro sanitário, o famigerado ‘lixão’, no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS), chegou até Brasília nesta terça-feira (11). É que o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) usou a tribuna da Câmara para denunciar o crime ambiental. De acordo com o parlamentar petista, o lixão pertence à empresa Naturalle Tratamento de Resíduos e vai contaminar o Aquífero de São Sebastião e devastar uma área de preservação ambiental no Vale do Itamboatá. “Quem está por detrás do que pode ser um dos piores desastres ambientais da Bahia é Loureiro Souto – filho do ex-governador e secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto [DEM]. O aquífero é um dos mais importantes do estado e corre o risco de ser contaminado por resíduos de lixo de construção civil”, denuncia Valmir.

Loureiro Souto é um dos sócios administradores da Naturalle Tratamento de Resíduos, empresa que presta serviço de limpeza e coleta de lixo nas cidades de Camaçari e Dias D’Ávila, ambas na RMS. De acordo com os dados oferecidos pelo movimento ‘Nossa Água, Nossa Terra, Nossa Gente’, a Naturalle tem sede em Salvador, possui um capital declarado de mais R$ 3 milhões e tem os serviços de tratamento e disposição de resíduos não-perigosos como sua atividade econômica principal. “Vale lembrar que Souto é apoiador do prefeito de Simões Filho, Dinha, que é do PMDB”, lembra Assunção.

O Aquífero São Sebastião abastece parte da capital, além dos municípios de Camaçari, Dias D’ávilla, Pojuca, Mata de São João, Alagoinhas, São Sebastião do Passé e outras cidades. Segundo o movimento, as obras para instalação do aterro sanitário já foram iniciadas e toda essa região deve ser afetada pela poluição das águas. “Mas não para por aí, a obra atinge a comunidade local, a exemplo do Quilombo Pitanga de Palmares – importante comunidade de Simões Filho. Essa obra deve ser embargada imediatamente”, completa Valmir.

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