O município de Iaçu, na Chapada Diamantina, tem passado por grandes movimentações políticas com o afastamento de políticos, posse de outros, e em meio a tudo isso, o povo e servidores chegaram até a ficar sem pagamento dos salários. O vereador Cézar Santos Magalhães (PSC), um modesto vendedor de carvão que um dia largou sua terra, Lajedinho, para tentar a vida em Iaçu, virou sensação pela carreira política movimentada.
Cezar se candidatou a vereador em 2012 pelo PSC e ficou na primeira suplência. Pouco depois a vereadora Amiralva Gomes, a Mira, também do PSC, teve um AVC e se afastou do cargo, ele assumiu. Ano passado se candidatou de novo e mais uma vez ficou na primeira suplência. Pouco antes da posse, Rosival Braga Santos, conhecido como Val Cabeção, o eleito pelo PSC, morreu em um acidente de carro, e ele mais uma vez assumiu.
Com a formação de ensino fundamental incompleto, Cezar foi içado à presidência da Câmara pelo prefeito Adelson Oliveira (PPS) com a intenção de controlá-lo. Recentemente, a Justiça mandou afastar Adelson e o sucessor foi justamente Cézar. Mas o vereador, que tomaria posse na última quarta-feira (4), ficou sem aparecer por mais de 10 dias.
Nesse mesmo dia Adelson ganhou uma liminar mantendo-o no cargo. Nem por isso o perigo passou. Cezar virou especialista em ganhar mandato sem ganhar a eleição. Além disso grande parte da população de Iaçu não o conhece, porque ele não é da terra. O caso de Iaçu decorre de irregularidades acatadas pela Justiça na convenção do PCdoB, que apoiou Adelson. A decisão contra ele anula a eleição e manda marcar uma nova em 40 dias. Jornal da Chapada com informações de Bahia.ba.