O empresário Adson Muniz dos Santos, nascido em Livramento de Nossa Senhora, ex-vereador e suplente em Jussiape, município da Chapada Diamantina, foi identificado por 21 mulheres, que afirmaram ter sido suas vítimas de estupro e roubo em São Paulo esta semana, segundo a Polícia Civil. Ele também responde por estelionato e falsidade ideológica.
As mulheres relataram que ele mostrava fotos nas redes sociais ao lado de políticos, famosos, celebridades e ostentando uma vida de luxo, com carros importados e viagens pelo mundo, como uma ‘isca’ para se aproximar de quem abordava. Ele se passou por policial e produtor de TV para seduzir as vítimas e violentá-las.
O programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou no último domingo (15) uma reportagem sobre o caso. Ele dizia ser funcionário da própria Globo e chegou a abordar mulheres no aeroporto de Congonhas. No entanto, exigiu segredo às vítimas. Para não parecer suspeito Muniz sempre estava bem vestido e utilizava identificações falsificadas.
Em um dos casos, uma jovem de 21 anos foi convencida a fazer uma entrevista em um hotel em São Paulo, mas ao chegar ao quarto foi ameaçada com uma arma a manter relações sexuais com o ex-vereador. O homem de 34 anos nega ter cometido os crimes. “Essas acusações, a maioria delas, são falsas”, se defendeu na última segunda-feira (16).
Em suas redes sociais, o preso aparece em fotos, por exemplo, ao lado do prefeito do Rio, Marcelo Crivella e do jornalista Celso Russomanno, ambos do Partido Republicano Brasileiro (PRB), sigla pela qual Adson era filiado. O PRB já informou que decidiu pela desfiliação do empresário.
Mais vítimas
Adson foi preso, na quarta-feira (11) passada, em um hotel, após as vítimas divulgarem a foto dele na web. Com ele foram apreendidas uma pistola falsa e crachá com brasão da Justiça Federal e outro da TV Globo. Desde então, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Centro, recebe diversos telefonemas e visitas de mulheres que dizem ser vítimas dele.
Na última terça-feira (17), mais cinco mulheres foram à DDM para reconhecer Adson por meio de um sistema que não permite que ele as veja. Mesmo reconhecendo ser o homem que aparece nas imagens obtidas pela polícia, Adson negou ter estuprado as mulheres. “Isso não”, disse enquanto era levado para a carceragem do 77º Distrito Policial (DP), na Santa Cecília, região central, onde cumpre a prisão temporária de 30 dias.
A delegada Cristine Nascimento, da 1ª DDM, deverá indiciá-lo por diversos crimes e pedir à Justiça a decretação da prisão preventiva dele, para que fique detido até seu eventual julgamento. “Ele não pode ficar solto”, falou ela à imprensa. “É um predador sexual”. Jornal da Chapada com informações de G1.
Matéria do Fantástico