Conforme publicação do site G1, a Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva do empresário e ex-vereador do município de Jussiape, na Chapada Diamantina, Adson Muniz Santos, detido desde o início deste mês por suspeita de cometer uma série de estupros e roubos a mulheres em São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele foi indiciado por pelo menos oito crimes contra 24 vítimas, que o reconheceram. De acordo com a SSP, ele responderá pelos crimes de estupro, roubo, sequestro, contravenção penal, uso de documento público e identidade falsos, perturbação da tranquilidade e importunação ofensiva ao pudor. Os ataques teriam começado em 2012.
O site G1 não conseguiu encontrar a defesa de Adson para comentar o assunto nesta sexta-feira (27). Em declarações à imprensa, o homem de 34 anos negou ter cometido os crimes. “Essas acusações, a maioria delas, são falsas”, havia dito ele, que alegou sofrer um transtorno mental e pediu um tratamento para se “curar”. O pedido de prisão preventiva, por prazo indeterminado, será decidido pela Justiça até o dia 9 de novembro, quando termina o prazo da temporária dele. A solicitação deverá ser encaminhada ao Ministério Público (MP) para que o promotor do caso se manifeste a favor ou contra a manutenção da prisão. Adson está detido na carceragem do 77º Distrito Policial (DP), Santa Cecília, região central da capital.
‘Predador sexual’
A reportagem não conseguiu localizar a delegada Cristine Nascimento, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que investiga os crimes atribuídos a Adson. Em algumas entrevistas, ela havia dito que “ele não pode ficar solto” porque “é um predador sexual”. O delegado seccional do Centro, Marco Antonio Pereira Novaes de Paula Santos, falou ao G1 que, além dos crimes sexuais investigados pela DDM, Adson também foi indiciado por estelionato contra duas mulheres. “Esses dois últimos casos estão sendo apurados pelo 78º DP [Distrito Policial], nos Jardins”, disse o delegado.
Vítimas que reconheceram Adson disseram à reportagem que Adson mostrava fotos dele nas redes sociais ao lado de políticos, famosos, celebridades e ostentando uma vida de luxo, com carros importados e viagens pelo mundo, como uma ‘isca’ para se aproximar de quem abordava. Entre os disfarces para ganhar a confiança das vítimas, ele fingia ser produtor de TV. Quando não era correspondido, Adson as ameaçava com uma arma de brinquedo, mostrando um distintivo, dizendo ser policial federal. Em outras ocasiões, chegava até mesmo a dizer que era amigo do preso Marcola, Marcos Willians Herbas Camacho, uma das lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), para intimidar as mulheres. As informações são do G1.