Verdadeira incógnita na política baiana, e com alto poder de embolar o meio de campo na composição da chapa do governador Rui Costa em 2018, o secretário de Educação da Bahia, senador licenciado Walter Pinheiro (sem partido), diz que só vai tomar qualquer decisão sobre seu futuro político em março do próximo ano, por causa do período de desincompatibilização para que secretários que pretendem ser candidatos deixem seus respectivos cargos. “2018 ainda está muito longe. Eu tenho até março para tomar uma definição partidária. Portanto, minha cabeça por enquanto está na educação. A decisão partidária eu devo assumir somente no período ali de março de 2018”, afirmou o secretário na última terça (21), na cerimônia de abertura do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Mas de uma coisa Pinheiro já tem certeza: se for candidato, não será pelo Partido dos Trabalhadores, do qual se desfiliou há um ano. Ele também negou que haja articulação para seu ingresso no PDT.
“Eu não fechei com ninguém nem anunciei volta para lugar nenhum. Eu não tenho muita experiência com esse negócio de separação e volta, até porque estou casado com a mesma mulher há 40 anos. Não tenho muita experiência nisso. Agora, do ponto de vista partidário, eu tomei uma decisão, saí do Partido dos Trabalhadores e vou tomar uma decisão de qual será o meu rumo em março de 2018. Por isso que eu não tenho conversado com ninguém, não tenho deixado expectativa para não ficar fazendo leilão. Filiação partidária não pode ser um leilão, vai para aqui, para ali e acolá. Quem procura muitos partidos ou efetivamente está muito inseguro ou está procurando partidos para contribuir, mas até para ocupar um espaço na política. Não é meu caso. Se for tomar uma decisão por algum partido, eu quero tomar lastreado em debates políticos, de onde é que eu posso contribuir, não de onde posso me beneficiar. Portanto, não estou conversando com ninguém”, disse o secretário.
Pinheiro também praticamente descartou a possibilidade de ser candidato a deputado federal. “Quando eu tomei a decisão de deixar a Câmara Federal, tomei a decisão em fevereiro de 2007, quando eu tinha acabado de ser eleito deputado federal. Fiz uma plenária do mandato e ali nós discutimos que eu não seria mais candidato a deputado federal. Minha leitura era de que eu estava indo para o quarto mandato, e o sujeito ficar cinco, seis, sete, oito, nove, não sei quantos mandatos de deputado federal, isso é uma ocupação de espaço que você não renova. Então, eu não posso dizer ‘dessa fonte não beberei mais’. Mas eu acho que não tem nenhum sentido eu voltar à Câmara dos Deputados. Já fui deputado por quatro mandatos, já dei minha contribuição”, afirmou o senador licenciado. As informações são da Tribuna da Bahia.