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#Bahia: Oposição protocola pedido de investigação por suspeita de propina em repasse da Cerb

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Negociatas entre a Odebrecht e a Cerb teriam sido acordadas no governo Wagner e financiado campanha de Rui Costa ao governo em 2014 | FOTO: Divulgação |

A Bancada de Oposição protocolou nesta quinta-feira (7) um pedido no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) para que seja investigada a suspeita de pagamento de propina em repasses da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), durante a gestão do ex-governador do estado e atual secretário estadual do Desenvolvimento Econômico do estado, Jaques Wagner (PT). A representação se baseia nos fatos narrados pelos executivos da Construtora Norberto Odebrecht, André Vital Pessoa de Melo e Cláudio Melo Filho, que em delação premiada à Operação Lava – Jato, afirmaram que o acordo fechado entre a Cerb e empresa só fora firmado mediante o pagamento de um montante em dinheiro ao ex-gestor petista.

Os deputados concluíram que os fatos sugerem a prática de crimes contra a administração pública e por esse motivo solicitam uma investigação criminal. Conforme documento protocolado, as afirmações dos executivos foram gravíssimas por apontar que a quantia serviria para “caixa dois” da campanha do atual governador Rui Costa (PT). Foi considerado no pedido o fato de a negociata ter sido firmada na pendência de julgamento de recurso especial interposto pela Cerb, no qual pretendia a desconstituição de uma dívida.

A peça também diz que o acordo judicial quebrou a ordem cronológica dos precatórios, privilegiando a construtora em detrimento dos demais credores do estado e da Cerb, sendo estranhamente a questão formalizada ao final do mandato de Wagner. “Mesmo ainda pendente apreciação de recurso judicial trazemos ao conhecimento desta autoridade policial os fatos articulados para que sejam investigados em devido e competente inquérito policial”, diz o ofício assinado pelo líder e demais da Bancada de Oposição. As informações são de assessoria.

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