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Chapada: Estudantes se reúnem com prefeito de Utinga para discutir situação de residências

O prefeito de Utinga, Joyuson Vieira, durante reunião com os estudantes | FOTO: Divulgação/Ascom|

Representantes da Casa de Estudantes de Utinga em Salvador e Feira de Santana reuniram-se na cidade de Utinga, na Chapada Diamantina, com o prefeito Joyuson Vieira Santos (PSL), o secretário de Educação, Guilherme de Cássio Santana, o secretário de Administração, Edivaldo Rodrigues, o controlador-geral, Edilson Barberino, e a advogada da Câmara Municipal de Vereadores, Janeide Pires, com o objetivo de saber sobre o futuro das Casas de Estudantes do município. A reunião aconteceu no dia 14 de dezembro e contou com a presença de Ronilton Almeida, Ayume Soares e Jaina Barbara, representantes da Associação de Casas de Estudantes da Bahia (Aceb).

Houve muitos rumores sobre o suposto fechamento das casas de estudantes de Utinga no início do ano de 2018. Com o intuito de compreender melhor a suposição colocada, os alunos buscaram essa reunião com o prefeito e a equipe da gestão ‘Utinga de Todos’. A administração municipal se mostrou inteiramente disponível ao diálogo e a esclarecimentos, além de querer discutir possíveis resoluções para a questão. Vale ressaltar que houve o envio de um projeto de lei de autoria da prefeitura para a Câmara de Vereadores, para criação de um programa de bolsas. Essas seriam concedidas a estudantes que estivessem cursando ensino superior fora da cidade de Utinga.

Até a reunião dessa semana, a prefeitura não havia ainda esclarecido se esse programa de concessão de bolsas, para os alunos que se enquadram nos critérios, substituiria as casas de estudantes. Durante o encontro, o prefeito Joyuson Vieira contextualizou as impressões que a gestão tem sobre as duas casas de estudantes em Feira de Santana e Salvador, como também deixou claro o objetivo da proposta de criação das bolsas estudantis. Segundo ele, apesar de existir uma maior demanda para o ensino superior nas cidades de Salvador e Feira de Santana, “existem muitos estudantes sem poder aquisitivo em Utinga que optaram, por razões diversas, estudar em outras cidades, a exemplo de Irecê, Cruz das Almas, Juazeiro e até mesmo em outros estados”. Foi pensando nessa demanda, segundo relatou o prefeito Joyuson, que o projeto de lei foi elaborado pela gestão.

O prefeito, o secretário de Educação, o secretário de Administração e a advogada da Câmara levantaram alguns questionamentos sobre o método de funcionamento das duas casas, sobretudo, a casa de Salvador, onde ocorreram problemas recentes no seu funcionamento em relação às suas regras de convivência e organização. Além disso, a pouca comunicação das residências com a gestão também foi exposta como um problema constante. Os estudantes de Utinga e da Aceb apresentaram alguns elementos importantes ao debate sobre casas de estudantes, bolsas, dificuldade de organização, dentre outros.

Foi dito, categoricamente, que as bolsas não conseguem substituir as casas por razões muito simples, como os custos para a prefeitura que seriam maiores, os valores que os estudantes teriam que desembolsar seriam também mais elevados. Ou seja, os estudantes gastam menos quando moram em casas de estudantes. Os discentes teriam que ter alguma articulação para alugar um espaço, o que é difícil para estudantes com poucos recursos, que não possuem nenhum vínculo com as cidades em que irão residir ou com outras famílias.

Reunião com estudantes sobre a criação da bolsa estudante e sobre a situação das residências | FOTO: Divulgação/Ascom |

“Nas cidades maiores não é tão fácil alugar um espaço quando não se possui renda”, avalia o grupo de estudantes. Eles se queixam que a maioria dos imóveis são administrados por corretoras e são feitas inúmeras exigências para que o contrato seja firmado. Assim, a existência das casas de estudantes facilita a ida de jovens para outras cidades. Dessa forma, os estudantes e a Aceb consideram que o programa de bolsas pode ajudar quem esteja cursando ou queira cursar o nível superior em municípios que não tenham casa de estudantes, o que seria um avanço. Por outro lado, o grupo considera um retrocesso a substituição das casas de estudantes pelas referidas bolsas pelos motivos expostos. Após a reunião, a prefeitura solicitou que as casas se reorganizassem e aceitassem a ajuda da Aceb para um intenso processo de reorganização interna e externa.

Foi encaminhada a criação de uma comissão com três membros das casas de estudantes, dois membros representantes da prefeitura e dois membros da Aceb, esses últimos somente com direito a voz. As tarefas da comissão são construir o processo de reorganização das casas; elaborar um estatuto e regimento interno, para que seja fundada uma associação; encontrar uma casa maior com valor acessível para receber mais estudantes em Salvador; organizar um processo seletivo para o ano de 2018, podendo servir como padrão para os próximos anos, além de discutir e resolver quaisquer questões referentes às Casas de Estudantes de Utinga em Salvador e Feira de Santana.

A reunião foi importante para esclarecer as dúvidas e ajustar o que precisa ser feito. A aflição dos estudantes sobre a dúvida da permanência das casas em 2018 já não existe mais. Para que as residências fiquem sob responsabilidade municipal, os estudantes precisam cumprir os seus “deveres de casa” na reorganização em Feira de Santana e Salvador. Dessa forma, o prefeito Joyuson se comprometeu em ajudar no fortalecimento das casas e sempre contribuir no que for possível. Jornal da Chapada com informações de assessoria.

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