Salvador estará no foco do mundo entre os dias 13 e 17 deste mês com a realização do 13° Fórum Social Mundial, evento que acontece na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e promete reunir 50 mil pessoas vindas de várias partes do planeta para participar de mais de mil atividades. Vão pisar em solo baiano, por exemplo, figuras políticas como José Mujica, ex-presidente do Uruguai, a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este último no dia 14.
A maioria das atividades acontece no campus principal, em Ondina, e em outros pontos da cidade, como o Estádio de Pituaçu, o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário. Palestrantes e figuras conhecidas em todo o mundo colocarão em debate seus anseios, questionamentos e indagações sobre o mundo e suas realidades tão distintas. De terras próximas também virá Cristina Christner, ex-presidente da Argentina. O cantor Chico Buarque é outro que foi convidado pela organização do Fórum, assim como o cantor Bono Vox.
Segundo a assessoria do evento, os artistas foram convidados e demonstraram interesse em participar, mas, ainda de acordo com a assessoria, a confirmação depende agora das agendas dos dois. Caso confirmem presença, Chico fará um show gratuito na Praça Castro Alves. Já o cantor irlandês, líder da banda pop U2, fará parte de uma das mesas de debate. A organização também confirmou shows das cantoras Ana Cañas e Tulipa Ruiz em palcos e datas ainda a ser confirmados. O reitor da Ufba, João Carlos Salles, disse que é uma honra para a universidade receber um evento desse tipo.
O Fórum já aconteceu em nove países diferentes. Porto Alegre recebeu o evento três vezes consecutivas, entre 2001, na edição inaugural, e 2003. Belém, em 2009, também foi sede do encontro. “Na verdade, estamos dando continuidade às relações que a universidade já tem com essas temáticas, com os movimentos sociais, afinal de contas, temos um grande número de pesquisadores e extensionistas que dominam o assunto”, comentou o reitor. Os temas que serão debatidos nas mesas, seminários e cursos abordarão a democratização da economia, a educação e a ciência, o feminismo e luta das mulheres, democracia e conquista de direitos. Este último tema, de grande importância, destacou o reitor.
“Fora a pauta ampla de garantia dos direitos, eu digo que temos, a universidade, uma pauta em específico, que é uma pauta que nesse momento se acentua pelo fato da universidade estar abrigando esse evento. É a pauta da defesa da universidade pública, ou seja, defesa de instituição que é inclusiva, aberta, democrática, responsável pela grande produção de conhecimento do nosso país”, pontuou.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT), Cedro Silva, esse momento será oportuno para que os 120 países participantes possam compartilhar suas experiências diante das transformações mundiais. “Esse fórum acontece na Bahia, no Brasil, em um momento em que o mundo enfrenta muitas crises: da água, energética, crise no mundo do trabalho, reformas trabalhistas, reduzindo direitos da classe trabalhadora. Então, é isso que a gente pretende discutir e sair com uma pauta positiva, discutindo-a a nível mundial”, avaliou. Jornal da Chapada com informações de Correio24h.